Larissa Gaspar repudia feminicídios no Cariri e critica soltura de condenado
Por Lincoln Vieira01/07/2025 11:21 | Atualizado há 8 horas
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A deputada Larissa Gaspar (PT) repudiou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), desta terça-feira (01/07), quatro feminicídios na região do Cariri na última semana.
Conforme a parlamentar, na última semana, quatro mulheres foram assassinadas no Cariri, duas em Juazeiro do Norte, uma em Barbalha e outra em Várzea Alegre. Segundo ela, as vidas ceifadas não são apenas números, mas esposas, mães, amigas e irmãs que morreram pela violência.
“Nós não podemos naturalizar a violência contra a mulher, banalizar o horror que acontece contra as nossas vidas humanas e, acima de tudo, não podemos esquecer das vidas tiradas dos seus lares e de suas convivências comunitárias”, lamentou.
A parlamentar também comentou sobre a decisão da justiça cearense a favor do ex-bancário e comerciante Sérgio Brasil Rolim, condenado a 150 anos de prisão por envolvimento em assassinatos e estupros de mulheres no Ceará. Ele ganhou direito à progressão de pena após passar 23 anos preso. Diante disso, ele pode ir para o regime semiaberto para estudar ou trabalhar e voltar à prisão à noite. A deputada solicitou à Justiça que reavalie a decisão.
“É inaceitável que as vidas das mulheres sejam tratadas dessa forma, não bastasse toda a violência sofrida pelas mulheres e agora os familiares têm que conviver com a sensação de injustiça. Ele fez ameaças dizendo que, ao ser solto, ia matar mais mulheres, principalmente mulheres militantes. Queremos que ele cumpra os 30 anos de prisão”, ressaltou.
Larissa Gaspar solicitou ao Governo do Estado proteção para militantes feministas no Ceará. A deputada clamou pelo monitoramento da vida das militantes para não serem alvo de violência por parte de Sérgio Brasil Rolim, conforme a parlamentar.
“Eu faço um apelo ao programa de proteção de Direitos Humanos do Estado que monitorem a vida das mulheres que estão na luta nos movimentos feministas no Cariri, que possam ser monitoradas para não serem alvo de violência porque nós temos um assassino à solta ameaçando e pondo em risco a vida das mulheres”, advertiu.
A deputada defendeu ainda a aprovação do projeto de lei que cria o Pacto contra o Feminicídio no Ceará. Segundo ela, a iniciativa visa enfrentar o crescimento alarmante da violência contra as mulheres no Estado, por meio de ações articuladas entre os poderes Legislativo e Executivo, órgãos de segurança e entidades da sociedade civil.
“Eu conto com o apoio de toda a Alece para colocarmos o Pacto contra Feminicídio para frente. Não é possível que a morte de mulheres não toque no coração dos colegas. Repudiar e solidarizar não é suficiente, precisamos pensar políticas públicas eficientes para reduzir e acabar a violência contra as mulheres”, avaliou.
Edição: Vandecy Dourado
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