Salmito aponta segurança hídrica no Ceará como essencial para criar oportunidades

O deputado Salmito (PSB) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quarta-feira (13/08), que a água é condição básica para o desenvolvimento econômico do Estado. “Sem água, não há vida, não há economia, não há emprego e nem renda”, afirmou.

Ele ressaltou que o Ceará é o estado brasileiro com menor disponibilidade hídrica natural e defendeu políticas de convivência com a seca. Segundo o parlamentar, é necessário priorizar fontes perenes de abastecimento e obras estruturantes, como a transposição do Rio São Francisco e o Cinturão das Águas, além de projetos com capilaridade, como o Malha d’Água, anunciado pelo governador Elmano de Freitas, para levar segurança hídrica às comunidades rurais.

Salmito apresentou dados que evidenciam o impacto da irrigação na economia agropecuária. Segundo ele, “95% da produção do Ceará é de sequeiro e apenas 5% é irrigada, pois esses 5% produzem metade do valor bruto do setor. Se irrigarmos mais 5%, dobramos a produção agropecuária do Estado. Mas, para isso, é preciso água e, para ter água, é necessária fonte perene, como o São Francisco”, explicou.

Ele destacou ainda que a falta de água limita a formação de mercado consumidor, restringindo comércio e indústria em municípios do semiárido. “Se você pegar o município do Pacujá, 91% de toda a economia vem do setor público e apenas 9% da iniciativa privada, porque não há mercado consumidor”, exemplificou. 

O parlamentar também rebateu comparações simplistas com Israel, lembrando que o país possui um dos maiores lagos de água doce do planeta, o Mar da Galileia, que permite a irrigação e a fruticultura de precisão.

Salmito reforçou que a segurança hídrica deve ser prioridade estratégica do Estado, integrando obras de infraestrutura, gestão eficiente e ampliação da área irrigada para gerar emprego, renda e oportunidades produtivas.

Edição: Vandecy Dourado