Ordem do Dia

Eliane destaca campanha mundial contra fome e desigualdade

Por ALECE
13/12/2013 15:12 | Atualizado há 3 meses

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Dep. Eliane Novais (PSB) - Foto: Paulo Rocha

Durante o tempo de liderança da sessão plenária desta sexta-feira (13/12), a deputada Eliane Novais (PSB) destacou a relevância da campanha mundial contra a fome, a pobreza e a desigualdade. O tema no Brasil é “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”.

Para ela, a campanha, que contou com apoio do papa Francisco, é “extremamente importante, necessária e urgente”, tendo em vista que, mesmo o Brasil sendo a sexta economia do mundo, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desigualdade ainda é evidente. Segundo Eliane Novais, cerca de 57 milhões de pessoas estão em situação de pobreza no País, problema que se estende no mundo todo. “A campanha influencia a situação de pobreza no mundo, por aliar a questão da comida junto com a justiça”, ponderou.

A deputada destacou um comunicado da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mostrando estudos que apontam que 842 milhões de pessoas no mundo continuam privadas de quantidades suficientes de alimentos. “Enquanto isso, cerca de um terço dos alimentos produzidos no planeta, o que corresponde a 1,3 bilhão de toneladas e mais de US$ 750 bilhões por ano, são atualmente desperdiçados”, disse. A parlamentar contabilizou que, com um quarto desses números, seria possível alimentar os 842 milhões de pessoas famintas no mundo.

De acordo com Eliane Novais, a FAO mostrou que a subnutrição abrange 26% das crianças, que apresentam atraso no crescimento, enquanto há 1,4 bilhão de pessoas com excesso de peso, contabilizando 500 milhões de obesos. “Reduzir à metade esse desperdício seria suficiente para aumentar a produção alimentar mundial em 32%, para conseguir dar comida a nove bilhões de pessoas, população mundial prevista para 2050”, avaliou.

A deputada disse que a ONU tem insistido também na importância de sistemas de produção duráveis. Segundo ela, a organização avaliou que o custo econômico da subnutrição e das carências em micronutrientes representa de 2% a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, ou seja, entre US$ 1,4 bilhão e US$ 2,1 bilhões. De acordo com ela, dados da FAO apontam que, nos países em desenvolvimento, as reduzidas capacidades de armazenamento e de acesso ao mercado são as principais causas do desperdício. “Apesar dos avanços recentes nas políticas de combate à pobreza e à fome, o desperdício de alimentos ainda é bastante preocupante em nosso País”, salientou.

Ao apontar reportagem do jornal Valor Econômico, a parlamentar observou que o Brasil está entre os 10 países que mais desperdiçam comida no mundo. Segundo ela, todos os alimentos não aproveitados ao longo da cadeia produtiva representam 1,4% do PIB brasileiro. “E isso traz impactos na economia do nosso País. A perda de alimentos amplia o 'Custo Brasil', uma questão que dificulta o crescimento do País”, disse.
LS/AT

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