Impactos positivos da biodança na saúde humana são reconhecidos em sessão solene

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) realizou, nesta sexta-feira (26/04), no Plenário 13 de Maio, sessão solene para celebrar o centenário do criador da biodança e inspirador da educação biocêntrica, Rolando Toro Araneda. 

A deputada Larissa Gaspar (PT), autora do requerimento da sessão solene, compartilhou os benefícios que a biodança trouxe para a vida dela. A parlamentar avaliou que a solenidade é importante para dar “visibilidade à prática da biodança e difundir para sociedade a importância dela”. 

Larissa Gaspar informou que a biodança é reconhecida como uma das práticas integrativas suplementares em saúde e permite a “promoção da saúde humana, do equilíbrio emocional e a melhoria da capacidade de expressão e da sociabilidade”. A deputada ressaltou ainda que apresentou projeto de lei, em tramitação na Alece, que estabelece o dia 19 de outubro como Dia Estadual da Biodança. A data é uma alusão à criação da Escola Nordestina de Biodança no Ceará, fundada por Rolamento Toro e o professor Cézar Wagner Lima Góis, sendo a primeira instituição do mundo a se dedicar à prática. 

Durante a sessão solene, foram homenageados com certificados a Escola de Biodança do Ceará (EBC), a Escola Comunitária de Biodança, a Universidade Federal do Ceará (UFC), o Movimento Saúde Mental e o professor Cézar Wagner de Lima Góis.

O reitor da UFC, professor Custódio Almeida, externou que a solenidade é “um momento muitíssimo especial para todos nós que somos membros dessa comunidade de biodança”. Ele compartilhou as mudanças que a biodança proporcionou na vida dele, prevenindo o adoecimento. “A biodança apresenta para nós a vida como princípio fundamental”, comentou. Custódio Almeida falou ainda sobre a importância de a universidade ter dado espaço à biodança como disciplina no curso de Psicologia, dando uma institucionalidade à prática. 

Já o didata em biodança, doutor em Psicologia e professor Cézar Wagner enfatizou que “o universo dança, jamais poderemos esquecer disso”. E complementou: “jamais podemos deixar de olhar essa dança tão bela de todos os planetas, de todos os astros e da nossa querida Terra, onde nós estamos e certamente cheios de amor”. 

Ruth Cavalcante, da Escola de Biodança do Ceará, destaca a disseminação da biodança no mundo levando uma mensagem de amor - Foto: Dário Gabriel

Para Ruth Cavalcante, da Escola de Biodança do Ceará, a realização da sessão solene foi um momento histórico. “(É a possibilidade) de a gente adentrar na Casa do Povo trazendo uma mensagem de amor e essa mensagem precisa permear a vida de todos nós sempre”, disse. Ela ainda lembrou as dificuldades enfrentadas por Rolando Toro para pôr em prática a biodança e celebrou o fato de hoje existir cerca de 150 escolas no mundo voltadas à disseminação da prática. 

De acordo com Zulmira Bonfim, da Escola Comunitária de Biodança, “esse momento marca a integração da cidadania com uma proposta inovadora que é a biodança, que pensa e sente a vida como centro de transformação de hábitos e estilos de vida”. Ela ainda apresentou o trabalho da instituição, responsável por disseminar a biodança na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e no interior do Ceará. 

E o coordenador do Movimento Saúde Mental, Elizeu Sousa, falou sobre o trabalho da instituição, que começou no bairro Bom Jardim, em Fortaleza, e hoje já expandiu o trabalho para outras cidades e até países. “Hoje nós somos um trabalho de saúde mental que faz também inclusão socioeconômica, que muda a vida das pessoas”, explicou. Segundo ele, o Movimento hoje possui atualmente 15 projetos e programas e a prática sistêmica desenvolvida pelo Movimento tem sido reconhecida nacional e internacionalmente. 

Também esteve presente na mesa da sessão solene a vereadora de Fortaleza Adriana Almeida (PT). 

Edição: Clara Guimarães