Segurança pública domina entre os assuntos de pronunciamentos de parlamentares nesta quinta

Durante a ordem do dia e as explicações pessoais da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quinta-feira (28/08), foram debatidos pelos parlamentares temas como a segurança pública no Ceará, transporte público, questões fundiárias, entre outros assuntos.

O deputado Alcides Fernandes (PL) lamentou a presença do Ceará como o estado mais violento do Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança 2025. O parlamentar comentou ainda o fato de Maranguape ser considera a cidade mais violenta do Brasil entre as que possuem mais de 100 mil habitantes.

“Maranguape era conhecida como a terra do humorista Chico Anysio, uma cidade serrana, paradisíaca e pacata. Virou manchete por motivo triste, reflexo do desastre do governo do PT, que transformou o Ceará em um reduto do crime organizado. O Ceará se tornou três vezes mais atrativo para o crime organizado”, avaliou.

O parlamentar também registrou o falecimento de um familiar dele, no município de Cariús. “Lamento a partida do meu tio Zezinho, que iria completar 101 anos no mês de outubro. Foi um homem exemplar, um homem de Deus, que deixou 18 filhos e toda a localidade de São Bartolomeu de luto”, abordou.

O deputado Sargento Reginauro (União) destacou a informação veiculada pela imprensa de que o PCC controlaria ao menos 40 fundos de investimentos com patrimônio de mais de R$ 30 bilhões. Ele lamentou o fato e criticou a gestão do Governo Lula na segurança pública. 

“O presidente Lula não apresentou políticas públicas para enfrentar as organizações criminosas. Isso não é um conglomerado, não é empresa multinacional, é uma organização criminosa investindo na bolsa. Essa organização é uma das maiores do País, que hoje tem seus tentáculos entrando no campo político. Já entraram na tecnologia, tem empresas vendendo gás, bets e agora a bolsa”, comentou.

Em sua fala, o deputado Antônio Henrique (PDT) destacou reclamações da população sobre o metrô de Fortaleza, que ele mesmo confirmou ao testar o transporte. Ele relatou atrasos frequentes, superlotação e a ausência de banheiros nas estações, apontando problemas no serviço atual. “O governo precisa melhorar o metrô existente antes de expandi-lo. Vamos cuidar daquilo que já existe”, sugeriu.

Uma solução para o conflito fundiário no distrito de Moitas, em Amontada, foi cobrada pelo deputado Felipe Mota (União). De acordo com ele, cerca de 70 famílias nativas correm risco de perder as terras. “A situação tem origem em um termo firmado pelo Instituto do Desenvolvimento Agrário (Idace), em 2015, que estaria favorecendo uma associação sem vínculos sociais ou culturais com a comunidade local”, relatou. 

O deputado Pedro Lobo (PT) convidou trabalhadores rurais e representantes de empresas prestadoras de serviço para a audiência pública que vai debater a atual situação do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). “Estamos falando de uma política pública estratégica na reforma agrária e no desenvolvimento rural sustentável, possibilitando financiamento para aqueles que querem ter sua terra para produzir e gerar renda, além de evitar o êxodo rural. Por isso precisamos encontrar formas de fortalecê-lo”, salientou.

Em pronunciamento, o deputado David Vasconcelos (PL) declarou ser a favor de que qualquer político que cometa crime sexual contra crianças e adolescentes seja punido e tenha o mandato cassado. “Pode ser quem for, de direita ou esquerda, aliado do ex-presidente Bolsonaro ou não. Se cometeu crime, que responda como manda a lei e que perca o mandato”, defendeu. 

Também foi mencionado nos pronunciamentos o aniversário de 185 anos de emancipação política do município de Ipu, celebrados nesta semana. A menção foi feita pelo deputado Sérgio Aguiar (PSB). “Saúdo a cidade de Ipu, terra da índia Iracema, e reverencio todos os que lutaram e lutam por esse importante município”, exaltou.

Edição: Geimison Maia