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Deputados lembram um ano de morte de Narcélio e enaltecem seu papel no rádio

Por Luciana Meneses/com Assessoria
27/01/2023 11:12 | Atualizado há 1 ano

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Radialista Narcélio Limaverde - Foto : Arquivo Alece

Deputados da Assembleia Legislativa do Ceará e profissionais da comunicação lembram um ano de morte do radialista Narcélio Limaverde e apontam a importância do profissional para a rádio e a comunicação. Uma missa, realizada nesta quinta-feira (26/01), na igreja Santuário de São Benedito, no Centro de Fortaleza, prestou homenagem a um dos maiores nomes da comunicação cearense e ícone do rádio no estado.

O deputado Walter Cavalcante (MDB), Ouvidor da Alece, rememora momentos vividos com Narcélio e sua vocação em ouvir as pessoas.

“Uma pessoa que foi exemplo de vida para muita gente. Aprendi muito com suas palavras e ensinamentos, alguém que gostava de ouvir as pessoas e traduzir seus sentimentos. E que deu uma grande contribuição para a função de ouvidor, seja parlamentar ou não, quando deu espaço para que estes trouxessem as demandas da população para o seu programa. Tudo que a ouvidoria é hoje tem uma grande contribuição do Narcélio”, reconhece.

Renato Roseno (Psol) destaca o papel de Narcélio para a cultura da cidade de Fortaleza. O parlamentar faz referência ao livro “Nas ondas do rádio - Histórias e Crônicas”, organizado pela família do radialista.

“É impossível contar a história do rádio no Brasil e no Ceará sem falar da figura de Narcélio Limaverde. Pela sua generosidade e profissionalismo, que era acima da média, absolutamente apaixonado pelo seu fazer no rádio cearense, sempre atento a sociedade e com uma paixão muito grande por Fortaleza, cidade a quem ele dedicou suas crônicas e memórias. Esse um ano de sua passagem, além da saudade que devemos cultivar, também cultivar seus valores como respeito e generosidade”, enaltece.

O deputado Carlos Felipe (PCdoB) rememora as entrevistas que concedeu à Narcélio. “Tive uma alegria muito grande em ser entrevistado por Narcélio. Partilhar e presenciar sua forma simples de ser e sua grande cultura foi um privilégio. Jornalista, radialista, escritor, um ícone do rádio cearense. De forma imparcial e verdadeira, com postura nobre em seus questionamentos. O Ceará precisa reverenciar muito a história dele. Tenho certeza que está em um lugar muito bonito e a família deve ter muito orgulho do pai, amigo, esposo e profissional que ele foi”, declara.

Já a deputada Fernanda Pessoa (União) também enfatiza que Narcélio Limaverde foi um exemplo de profissional para todos que trabalham no rádio. “Falar do Narcélio é falar de alguém muito querido, parceiro, uma pessoa humana que nos traz muita saudade. Que Deus o guarde num lugar bem especial e que tenhamos muitos radialistas como ele. Um abraço meu amigo, você faz muita falta”, enfatiza.

BIOGRAFIA
Narcélio é filho de José Limaverde Sobrinho, um dos pioneiros no radialismo cearense, e de Leda Sobreira Limaverde. Iniciou a carreira como radialista, na Ceará Rádio Clube PRE-9, em 1954.
No rádio, ganhou dos ouvintes e admiradores a denominação de “O locutor dos brotinhos”. Em 1960, esteve presente na fundação da primeira emissora de televisão do Ceará, a TV Ceará – Canal 2, dos Diários Associados e se tornou o primeiro apresentador de TV do Estado. Dois anos depois, ingressou na Rádio Dragão do Mar como radialista e assistente do departamento artístico da emissora.

Foi também jornalista na Rádio Jornal do Comércio de Recife, em Pernambuco, até ser contratado, em 1970, pelo Sistema Verdes Mares como apresentador de notícia na rádio e na TV. Trabalhou ainda na Rádio Uirapuru, AM Cidade, Rádio Assunção e Rádio AM do O Povo.

Narcélio foi deputado estadual mais votado em 1986, elegendo-se pelo PMDB. Ocupou cadeira de deputado constituinte estadual em 1989, tendo atuação destacada nas iniciativas voltadas às questões sociais.

Até os últimos dias de vida, Narcélio trabalhou ativamente na Rádio FM Assembleia, onde apresentava de segunda a sexta-feira o Programa Narcélio Limaverde, que segue na grade de programação, como homenagem ao radialista.

O comunicador era casado com Helenira Leite Limaverde e deixou os filhos Sérgio, Adriana, Vládia e Narcélio Filho. No momento em que é lembrado por um ano de sua morte, a família lançou o livro  “Nas ondas do rádio - Histórias e Crônicas”, com as principais crônicas que ele escreveu sobre a cidade.

EXEMPLO DE ÉTICA
Narcélio também é lembrado por profissionais da comunicação pelo papel importante que exerceu no rádio cearense.

Tarciana de Queiroz Mendes Campos, gerente geral da FM Assembleia, traduz seu sentimento sobre a ausência do colega de profissão. “Um ano do falecimento do Narcélio, o sentimento é de muita saudade, mas também de muita gratidão. O legado gigantesco que ele deixou na comunicação e na cultura ajudam a aplacar a falta da sua presença. Seguimos aprendendo com Narcélio, sobre a cidade, sobre comunicação com ética e com simplicidade”, destaca.

A jornalista Fátima Abreu, que foi contemporânea de Narcélio nos tempos de sua passagem pela radio O Povo e que conviveu com ele  durante sua gestão à frente da emissora, enfatiza o compromisso ético do profissional. “O rádio sobrevive como uma das principais mídias, ou melhor, fundamental por existirem pessoas sérias nos bastidores e no microfone. São esses profissionais que nos fazem acreditar na Ética de nós comunicadores. Narcélio Limaverde é uma dessas pessoas por excelência. Ele sempre será a nossa referência e o nosso exemplo”, pontua.

O coordenador de programação e áudio da FM Assembleia, Ronaldo César, rememora as qualidades de Narcélio Limaverde enquanto colega de profissão e seu legado. “Um ano sem a presença física de Narcélio Limaverde, mas por conta de seu legado, ensinamentos e do seu exemplo como profissional devotado principalmente ao rádio, permanece muito vivo entre nós diariamente. Não só para nós que fazemos a comunicação da Assembleia Legislativa. O rádio, o jornalismo, a comunicação no Ceará e no Brasil deve muito a ele. Portanto, vai permanecer sempre no nosso dia a dia. E onde quer que esteja, que esteja bem, no lugar dos privilegiados”, salienta

Edição: Clara Guimarães

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