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Dra. Silvana propõe residência médica de quatro meses no Interior

Por ALECE
15/02/2012 16:06 | Atualizado há 1 ano

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Dep. Dra. Silvana (PMDB) - Foto: Paulo Rocha

 

A deputada Dra. Silvana (PMDB) comunicou, nesta quarta-feira (15/02) em plenário, que deu entrada hoje em um projeto de lei que visa estabelecer um período de quatro meses no currículo das residências médicas oferecidas pelo Governo do Estado.  Durante esse tempo, o profissional seria orientado e prestaria serviços em hospitais públicos e filantrópicos do Interior.

Conforme ela, além de criar condição para que o médico conheça a estrutura e a realidade do Interior, o projeto poderá ser uma forma de o profissional criar raízes nos municípios. “Este projeto é uma chamada remunerada, mas honesta, onde o profissional vai conhecer a realidade destes hospitais e prestar um serviço digno à população do Interior”, justificou. Conforme a deputada, a bolsa não seria suspensa e o hospital poderia até oferecer um subsídio adicional.   

Dra. Silvana salientou que a dificuldade de médicos no Interior se deve não apenas por condições “dignas” de salário e de trabalho, mas pela incerteza da continuidade do trabalho com a mudança da administração municipal. “É um emprego extremamente incerto”, disse.

Outro projeto de lei da parlamentar, que começou a tramitar ontem na Casa, cria uma tarifa social oferecida pela Companhia de Energia Elétrica (Coelce) a hospitais públicos e filantrópicos. A deputada destacou a relevância do projeto, alegando que o baixo custo da energia resultaria em benefício para os pacientes.

Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PSD) endossou a importância de profissionais para hospitais do Interior. “O Programa Saúde da Família, de extrema importância porque é a base da saúde, evita a vinda de pacientes para a Capital”, disse. O parlamentar sugeriu que o estudante de universidade pública pudesse, em contraparida, passar um ano no Interior prestando serviços na atenção básica.

A deputada Mirian Sobreira (PSB) fez coro à proposta da peemedebista. No entanto, contestou a de Leonardo Pinheiro, afirmando que obrigar a permanência de um ano do estudante residente seria “uma punição para os médicos”. “Acho que o profissional tem que ficar à vontade. Não podemos penalizar a falta de médicos, mas temos que encontrar uma forma”, avaliou.

O deputado Dr.Pierre (PCdoB) acredita que a incerteza da permanência do médico a cada gestão é a principal dificuldade de contratar profissional para o Interior. Ele reclamou da ausência de condições de trabalho ofertada ao médico. “Temos que levar bons profissionais para o Interior, com certeza aquele município vai ser beneficiado”, acrescentou.
LS/AT

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