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Alece passa a contar com serviços do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania

Por Vandecy Dourado
10/06/2024 18:18 | Atualizado há 2 semanas

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- Foto: Máximo Moura

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) passa a contar com os serviços do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE). O anúncio foi feito durante o encerramento do projeto “Eu Vejo Você - Movimento da Cultura de Paz pelo Legislativo Cearense", realizado nesta segunda-feira (10/09), no auditório Murilo Aguiar, Anexo I da Alece.

A primeira-dama do Legislativo e idealizadora do Comitê de Responsabilidade Social (CRS) da Alece, Cristiane Leitão, celebrou a chegada do Cejusc para viabilizar rapidez aos trabalhos do Centro de Mediação e Gestão de Conflitos (Cemgec) da Alece. "Nós estamos trazendo o Tribunal de Justiça aqui dentro, também com uma maneira de fazer a mediação e a resolução de conflitos, agora sim, com documentos judiciais. Vai ser um momento muito rico para a Assembleia Legislativa, que é mais uma ação para abrir o parlamento para toda a sociedade".

A juíza supervisora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do TJCE, desembargadora Vanja Fontenele, comentou que a unidade na Alece é o 11º Cejusc em Fortaleza e tem como objetivo consolidar a justiça social através da conciliação das pessoas. "Esse nosso esforço é para que cada vez mais nós tenhamos possibilidades de solucionar os nossos conflitos, usando o nosso próprio entendimento e desenhando a paz de que nós tanto precisamos e tanto merecemos", assinalou.

Juíza supervisora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do TJCE, desembargadora Vanja Fontenele- Foto Máximo Moura

A unidade do Cejusc Alece será sediada no prédio do Anexo III da Alece (Edifício Dep. Francisco das Chagas Albuquerque), no Centro de Mediação e Gestão de Conflitos (Cemgec). A coordenadora do Cemgec, Raisa Lou, fala sobre o funcionamento e como serão feitos os atendimentos da população.

"Nós vamos atender as demandas que nós já trabalhamos nas áreas de imobiliário, condomínio, vizinhança e família. Aqui nós vamos realmente fazer esse trabalho juntos, o que vai diferenciar do trabalho que nós já fazemos. Nós vamos ter juízes diretamente trabalhando conosco para atuar nessas homologações e sermos mais céleres e mais inovadores, dando mais acesso à justiça a essas pessoas", detalha.

Diante de um público formado por mediadores e conciliadores comunitários, a primeira-dama do Parlamento cearense destacou a iniciativa do projeto “Eu Vejo Você" e valorizou o olhar dado para aqueles que estabelecem a ponte entre as pessoas da comunidade, ou seja, cuidando daqueles que estão cuidando dos outros nos territórios. 

"Os mediadores comunitários para a gente são pessoas que precisam ser olhadas, cuidadas, acolhidas, e o Centro de Mediação vem com esse projeto 'Eu Vejo Você', justamente olhando para esses mediadores comunitários. São pessoas que estão nas comunidades, sendo agentes para resolução de conflitos, e a Assembleia leva essa capacitação para todos eles, trabalhando a questão da saúde mental e levando mais conhecimentos para eles", explicou. 

A representante do Programa Núcleos de Mediação Comunitária (Pronumec), do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), promotora de Justiça Ana Cláudia Uchôa, ressaltou o fortalecimento da parceria com o Poder Legislativo em transformar as comunidades cearenses através da cultura de paz e da mediação. 

"O impacto do trabalho realizado através do projeto Eu Vejo Você se reflete não apenas nos mediadores que foram capacitados, mas também em cada indivíduo e comunidade que será tocada por essa nova abordagem de convivência pacífica e colaborativa. Vocês têm sido agentes transformadores, pavimentando o caminho para um futuro mais justo, solidário e harmonioso", destacou. 

CAPACITAÇÃO DOS MEDIADORES

O projeto “Eu Vejo Você - Movimento da Cultura de Paz pelo Legislativo Cearense" foi desenvolvido nos Núcleos de Mediação Comunitária do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) localizados em dez centros comunitários de mediação de Fortaleza e Região Metropolitana. A capacitação contou com temas relacionados à cultura da paz, comunicação não violenta, ciclos restaurativos, autoestima e assessoria jurídica.

Representante do Núcleo de Mediação Comunitária de Parangaba, Maria do Socorro Cavalcante Lima - Foto: Máximo Moura

Maria do Socorro Cavalcante Lima, representando o Núcleo de Mediação Comunitária do bairro Parangaba, celebra a aproximação da comunidade com o Parlamento cearense e o Ministério Público na preparação dos mediadores do núcleo. "Representou muito cuidado, tivemos muito aprendizado, foi muito bom e de muita importância. A gente já tem muito prazer em fazer o que faz. Já fizemos muitas mediações que terminaram maravilhosas".

A solenidade também reconheceu o trabalho dos dez supervisores dos núcleos de mediação comunitários do MPCE, que coordenaram os encontros dentro dos territórios. O resultado das capacitações foi transformado em uma cartilha elaborada com o conteúdo das oficinas e disponibilizada em formato digital. A publicação é uma promoção do Instituto de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp).

Lilian Andrade, Cristiane Leitao e promotora de Justiça Ana Cláudia Uchôa - Foto Máximo Moura

As lideranças agraciadas foram Lilian Andrade da Costa, do Núcleo de Mediação Central; Tatiana Brígido Holanda Sereno, do Núcleo de Mediação do Antônio Bezerra; Germana Pereira Lopes, do Núcleo de Mediação do Bom Jardim; Geuvany Moisés Gouveia, do Núcleo de Mediação José Walter; Sandreya Oliveira, do Núcleo de Mediação da Parangaba; e Cátia Alves, do Núcleo de Mediação do Pirambu. Todos em Fortaleza.

Já na Região Metropolitana da Capital, foram reconhecidas Renata Ximenes Lopes, do Núcleo de Mediação da Caucaia Fatene; Marinalva Freitas Nobre, do Núcleo de Mediação da Caucaia Jurema; Teciany Freire da Silva, do Núcleo de Mediação de Maracanaú; e Viviane Vieira Lira da Silva, do Núcleo de Mediação da Pacatuba.

Participaram ainda da cerimônia a juíza responsável pelo Cejusc Alece, Lia Samea; a juíza e coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Fortaleza, Ana Carolina Cavalcante; a supervisora da Célula de Mediação, Justiça Restaurativa e Cultura de Paz da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), Jucileide Cronemberger; e a idealizadora do projeto “Eu Vejo Você” e membro do Cemgec, Juliana Holanda.

Edição: Clara Guimarães

 

 

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