Alece aprova manifesto em favor da economia e do povo do Ceará
Por Giovanna Munhoz05/08/2025 11:56 | Atualizado há 1 dia
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A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) aprovou, na manhã desta terça-feira (05/08), com 31 votos favoráveis, um manifesto em favor da economia e do povo do Ceará, em resposta à imposição de taxa de 50% do governo norte-americano aos produtos brasileiros. O documento, de autoria do presidente da Casa, deputado Romeu Aldigueri (PSB), foi lido pelo presidente em exercício da Alece, deputado Danniel Oliveira (MDB).
O texto repudia a ordem executiva assinada na quarta-feira (30/07), pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que oficializa a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Quase 45% dos produtos exportados pelo Ceará em 2024 tiveram como destino os Estados Unidos, com destaque para os produtos de aço, pescados, castanhas e pás eólicas.
Votaram favoravelmente ao manifesto os deputados Agenor Neto (MDB), Almir Bié (Progressistas), Antônio Granja (PSB), Bruno Pedrosa (PT), Davi de Raimundão (MDB), De Assis Diniz (PT), Felipe Mota (União), Fernando Hugo (PSD), Guilherme Bismarck (PSB), Guilherme Landim (PSB), Guilherme Sampaio (PT), Heitor Férrer (União), Jeová Mota (PSB), Jô Farias (PT), João Jaime (Progressistas), Juliana Lucena (PT), Júlio César Filho (PT), Keivia Dias (PSD), Larissa Gaspar (PT), Leonardo Pinheiro (Progressistas), Luana Régia (Cidadania), Lucílvio Girão (PSD), Manoel Duca (Republicanos), Marcos Sobreira (PSB), Marta Gonçalves (PSB), Missias Dias (PT), Nizo Costa (PT), Pedro Lobo (PT), Renato Roseno (Psol), Salmito (PSB) e Tin Gomes (PSB).
MANIFESTO EM FAVOR DA ECONOMIA
“Em respeito a todos os cearenses, repudio a unilateralidade do Governo dos EUA, cujo resultado será de perda de empregos, desmonte de cadeias produtivas e desconstrução de setores que demoraram anos para montar a logística necessária a fim de estruturar suas operações.
O Estado do Ceará tem surpreendido o Brasil com convergências que construíram a melhor educação pública do País, além de um turismo competitivo, uma infraestrutura cuja evolução é inegável, um debate democrático civilizado, uma integração entre poder público e iniciativa privada pautada no republicanismo, o surgimento de líderes nacionais e outros frutos que somente podem nascer em terras que priorizam a vontade coletiva em detrimento da pessoal.
Atitudes que se refletem em um mercado saudável e pujante, agregador e voltado para nossas necessidades de crescimento só são possíveis em ambiente de paz, inclusive comercial. Porém, o Brasil, exímio e inquestionável defensor do multilateralismo, é penalizado por um tarifaço em virtude do voluntarismo do presidente americano, que, motivado por razões incompreensíveis, sanciona o País, atingindo de forma cruel um estado pobre que luta há décadas para entregar o melhor para seu povo.
Relações diplomáticas devem ser fundamentadas em diálogo e técnica. Jamais na chantagem e opressão. O Ceará é parte de uma nação lutadora, de uma brava gente, com separação entre poderes, com história de superação, e não baixará a cabeça jamais para a injustiça, o autoritarismo e os ataques a sua soberania e sua gente.
Portanto, somo minhas forças ao Estado, à União, ao setor produtivo e a diversas instituições, para defender os setores mais atingidos, a exemplo de pescados, castanhas de caju, água de coco, cera de carnaúba, couros e calçados, para encontrar soluções. Porque não aceitamos ameaças. Nunca”.
Edição: Vandecy Dourado
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