Alece debate produção de energia comunitária no Ceará como alternativa para gerar renda
Por Giovanna Munhoz08/08/2025 12:05 | Atualizado há 1 dia
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A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) realizou, na manhã desta sexta-feira (08/08), audiência pública para debater a produção de energia comunitária e suas vantagens na geração de renda e redução de custos. O debate foi promovido pela Comissão de Indústria, Desenvolvimento Econômico e Comércio, por solicitação da deputada Larissa Gaspar (PT).
Como encaminhamento do encontro, a deputada Larissa Gaspar (PT) assinalou que vai buscar dialogar com o Governo do Estado sobre ações que envolvem a geração de energia comunitária e ressaltou que deve construir uma proposta para ser apresentada na Alece sobre a relevância da energia solar e projetos de produção de energia comunitária.
A parlamentar explicou que a produção de energia solar nas comunidades cearenses reduz significativamente o custo do acesso à energia gerando renda para as famílias. “É plenamente possível viabilizar essa geração de energia nas periferias. A produção de energia solar nas comunidades diminui custos, gera renda e deve ser pensada dentro de uma lógica de ancoragem da economia”, assinalou.
Larissa Gaspar enfatizou o grande potencial do Ceará na produção de energia solar e a necessidade de construir esse processo de forma articulada entre o Governo do Estado e instituições financeiras. A deputada destacou o modelo de usina solar comunitária “Palma Solar”, do Banco Palmas, como uma tecnologia social de referência internacional. “Com origem no Conjunto Palmeiras, aqui na Capital, o banco comunitário tem sido protagonista em ações de desenvolvimento local e incentivo a economia solidária”, disse.
O presidente da Rede Brasileira de Bancos Comunitários (RBBC), João Joaquim de Melo Neto, apontou a necessidade do Governo do Estado de investir em modelos de energias comunitárias como política pública. “O modelo energético cearense ainda é ligado a grandes subsídios. É importante que o Estado possa conhecer modelos associativos, cooperativos e que distribuam riqueza buscando minimizar a desigualdade”, afirmou.
João Joaquim explicou ainda que a usina de energia solar comunitária e solidária “Palma Solar” tem o objetivo de fornecer energia limpa e mais acessível para as famílias da comunidade, que utiliza a energia solar como fonte renovável.
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Audiência contou com a presença de representantes da Academia, do Governo Estadual, setor financeiro e dos movimentos sociais. Foto: José Leomar
O secretário executivo do Trabalho do Estado do Ceará, Renan Ridley, destacou a importância da parceria com o Banco Palmas, especialmente no fortalecimento de políticas públicas voltadas à economia solidária. Segundo ele, o Governo do Estado mantém uma atuação conjunta por meio do microcrédito produtivo orientado, com foco em empreendimentos de base comunitária. “Com certeza, a atuação voltada para as energias renováveis e limpas representa um avanço significativo na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para o Ceará”, assinalou.
Durante o evento, o Banco do Nordeste assinou um termo de cooperação com o Instituto Palmas, que prevê a disponibilização de cursos gratuitos através da plataforma da universidade corporativa do banco. Na ocasião, a gerente executiva do Banco do Nordeste, Anne Caroline Saraiva Marinho, enalteceu o modelo de usina solar comunitária do Banco Palmas que, segundo ela, une inovação, tecnologia e justiça social.
Estavam presentes no debate, representantes do Instituto Nacional de Energias Limpas, professores e representantes da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Universidade Federal do Ceará (UFC), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), vereadores, movimentos sociais e população em geral.
Acompanhe a íntegra da audiência pública
Edição: Vandecy Dourado
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