Segurança pública, precificação do leite e julgamento no STF em debate na ordem do dia
Por Lincoln Vieira e Guilherme de Andrade02/09/2025 14:13 | Atualizado há 4 horas
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Durante a ordem do dia e as explicações pessoais da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta terça-feira-feira (02/09), foram debatidos pelos parlamentares temas como a segurança pública no Ceará, precificação do leite e julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado Felipe Mota (União) informou sobre requerimento de sua autoria solicitando audiência pública para discutir a precificação do leite no Ceará. O parlamentar ressaltou que os produtores rurais fizeram um protesto em Morada Nova, na sede da empresa Alvoar Lácteos, contra o baixo preço do leite pago aos produtores. Segundo ele, mesmo com auxílio do Estado, “a conta não fecha”. “Nós que estamos lutando contra a precificação precisamos chegar a um consenso para tirar os produtores do sufoco e do medo de as pessoas produzirem no campo. Eu pedi uma audiência pública para discutir de forma técnica junto aos produtores e aos representantes da indústria, porque um não vive sem o outro”, pontuou.
O deputado Sargento Reginauro (União) comentou sobre a falta de segurança pública no Ceará. Na sua visão, o Estado está “dominado pelas facções criminosas”. Ele afirmou ainda que a população está "completamente refém, e a situação tende a se agravar”. “Essa é a marca que o governador Elmano está deixando. Uma facção criminosa que está entrando até no poder político”, frisou.
Por sua vez, o deputado Guilherme Sampaio (PT), contestou deputados de oposição da Alece por criticar a participação simbólica do governador Elmano de Freitas em operações da polícia estadual. Conforme o parlamentar, a oposição usa de “demagogia”. “O engraçado é que sendo o governador o maior comandante das forças de segurança, para demostrar a firmeza do Estado no combate às organizações criminosas, dá apoio aos comandantes das operações e se faz presente, e a oposição critica, mas quando um ex-deputado federal bota um colete sem ser policial e grava vídeos, aí a mesma oposição elogia. Aí eu questiono, o que resolveu o gesto demagógico do capitão Wagner? Se ele quer ajudar, por que não se apresenta como policial ao comando?”, questionou.
O líder governista comentou ainda o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe. Para ele, o momento é um dos mais importantes da história do Brasil. “É agora que nossa geração vai afirmar, através das instituições, se escolhemos viver ou não na democracia. Eu não vejo o julgamento apenas pelo viés negativo, mas é necessário que o Brasil passe por essa turbulência. O processo precisa ser concluído”, avaliou.
Já o deputado Léo Suricate (Psol) afirmou que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro deve ser preso não só “pelo crime antidemocrático”, mas também pelos mortos durante a pandemia de covid-19. “Pelos 700 mil mortos na pandemia, eu acho que o Bolsonaro tem que pegar uma cadeia”, afirmou.
O deputado David Vasconcelos (PL) ressaltou que não se envergonha de defender Bolsonaro: “Vou defender sempre, até que prove o contrário e ele seja condenado por algum crime”. O parlamentar também exaltou a atuação do ex-presidente na pandemia de covid-19, a partir de números divulgados pelo G1. “Foram mais de R$ 626,5 bilhões investidos exclusivamente no combate ao vírus de covid-19. Foram R$ 28 bilhões para aquisição de vacinas, aquisição de 600 milhões de doses em vacina. Auxílio emergencial: maior programa de assistência do mundo”, concluiu.
Edição: Clara Guimarães
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