Atuação do Ceará Sem Fome é enaltecida em audiência pública na Alece

Os dois anos do programa Ceará Sem Fome, política estadual de enfrentamento à insegurança alimentar e nutricional, foram celebrados em audiência pública realizada nesta sexta-feira (26/09), na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). Para o deputado Pedro Lobo (PT), que solicitou o evento, o projeto já se tornou uma referência nacional no que se refere ao combate à fome e à miséria.

Segundo ele, o Ceará Sem Fome se destaca por apresentar diferentes eixos de atuação. “Temos a frente das cozinhas comunitárias, que fornecem diariamente 130 mil refeições às famílias que estão em situação de vulnerabilidade alimentar, além da frente de capacitação e formação profissional para os beneficiados pelo programa, fomentando o empreendedorismo e o acesso ao mercado de trabalho”, salientou.

Ainda de acordo com Pedro Lobo, “o Ceará Sem Fome contribui enormemente para a agricultura familiar do Estado, pois grande parte dos produtos utilizados nas refeições são oriundos desse segmento produtivo”.

A deputada Jô Farias (PT) enfatizou que o propósito do programa vai muito além da distribuição de quentinhas. “Acompanho de perto esse projeto e afirmo que o seu objetivo não é só distribuir quentinhas. Isso é uma parte emergencial do programa, mas ele vai além disso. Ele busca levar dignidade, resgatar a alma, a esperança e o sonho das pessoas, contribuindo para a sociedade cuidar de quem tem fome”, avaliou.

Para a primeira-dama do Ceará e idealizadora do Ceará Sem Fome, Lia de Freitas, a comemoração dos dois anos do programa é um grande feito e uma grande conquista para o Estado. “O Ceará Sem Fome constitui uma ação permanente de superação da fome no Estado, reunindo esforços de instituições públicas e privadas, além de engajar a sociedade civil no sentido de garantir o acesso ao direito básico da alimentação”, apontou.

Ainda segundo Lia de Freitas, “o Ceará Sem Fome é muito mais que um prato de comida”, sendo uma iniciativa desenvolvida com base em ações imediatas e ações estruturantes. “O projeto partilha de uma parceria com a sociedade civil para que ela promova a produção de refeições, mas também recebemos como contrapartida toda a bagagem de responsabilidade social que essas instituições têm a oferecer”, pontuou.

Foto: Pedro Albuquerque

A primeira-dama do Ceará complementou que está em desenvolvimento o lançamento de um observatório que vai levantar dados qualitativos sobre o cenário de segurança alimentar no Estado. 

O secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado, Moisés Braz, considerou o Ceará Sem Fome como uma das políticas públicas mais exitosas do Ceará nos últimos anos. “É uma política que chega lá na ponta, atendendo quem mais precisa, quem está em vulnerabilidade social. Estamos presentes em todos os municípios cearenses, entregando as quentinhas, mas também oferecendo formação e capacitação, dando dignidade para milhares de famílias do nosso Estado”, comentou.

Participaram ainda da audiência a coordenadora da Vigilância Sanitária do Ceará, Maria Dolores Duarte; a secretária da Igualdade Racial do Estado, Zelma Madeira, além dos representantes da Secretaria dos Direitos Humanos do Estado, Mara Denise; da Secretaria da Pesca e Aquicultura do Estado, Euvaldo Bringel; da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), Eudes Xavier; dos secretários-executivos da Secretaria do Trabalho do Estado, Renan Ridley, e da Infância, Família e Combate à Fome da Secretaria da Proteção Social (SPS), Caio Cavalcanti, entre outras autoridades.

Edição: Lusiana Freire