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Representantes dos Correios pedem mais contratações durante audiência na AL

Por ALECE
11/08/2015 19:22 | Atualizado há 1 mês

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Audiência sobre os Correios - Foto: Jr. Pio

 

A situação dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) foi discutida durante audiência pública realizada, na tarde desta terça-feira (11/08), pela  Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Assembleia Legislativa. O debate foi proposto pelo deputado Heitor Férrer (PDT) e ocorreu no Complexo de Comissões Técnicas da Casa.

De acordo com o autor do requerimento, desde o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ocorre um “desmantelamento” nas contratações dos serviços públicos. “A precarização desses serviços, muitas vezes por conta de serviços terceirizados, vem violando o texto constitucional. A justiça se omite a esse tipo de ação e os Correios são um exemplo patente dessa história. A maioria dos funcionários é terceirizada e os concursados reclamam por mais concursos”, explicou.  

O diretor regional dos Correios no Ceará, Francisco Haroldo Aragão, informou que o órgão está revendo o modelo de redistribuição. “As cartas simples diminuíram, porém, as encomendas aumentam e requer uma entrega qualificada. Nós não temos condições de aumentar o número de  empregados proporcional ao número de cidades”, argumentou.

Ainda segundo o diretor, há uma mudança no perfil dos funcionários dos Correios. “Antes existia um motorista e um carteiro para fazer entrega. Hoje virou uma pessoa só. Nesse momento o Ceará não pode ser contemplado com um novo concurso porque tem cadastro para fazer contração de carteiro do concurso de 2011”, complementou.

Para a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares do Estado do Ceará, Lurdinha Felix, o Ceará precisaria de aproximadamente 600 funcionários dos Correios para oferecer um serviço com tranquilidade. “Saiu mais gente do que entrou. As pessoas mais antigas devido à pressão preferem se aposentar e deixam um vácuo que não é ocupado por outro funcionário. Hoje os Correios são banco, receita, vende tudo, então atingiu um mercado de comércio. A população precisa cobrar do governo, porque o concurso público é a única saída”, cobrou.

O deputado Renato Roseno (Psol); o diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Glaydson Rodrigues; o auditor fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-CE), Jairo Nogueira, além de sindicalistas e membros dos Correios do Ceará participaram da audiência.
DF/JU

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