Idealizadora de projeto avalia impactos da canoagem para quem lida com o câncer de mama
Por Ricardo Garcia22/10/2024 12:45 | Atualizado há 6 meses
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A idealizadora do projeto AMar Rosa, Ana França, participou do Conexão Alece, programa multiplataforma da Alece FM (96,7 MHz), desta semana, abordando a importância da prática de atividades físicas para mulheres sobreviventes de câncer de mama, em especial a canoagem.
Em entrevista à jornalista Kézya Diniz, a convidada destacou que o AMar Rosa é uma iniciativa voluntária que apoia mulheres que passaram ou passam por tratamento de câncer de mama, por meio da oferta gratuita de atividades físicas, principalmente a canoagem. Segundo Ana França, as atividades, praticadas no mar ao longo da Avenida Beira-Mar e em outros locais aquáticos de Fortaleza, fazem parte do tratamento de saúde dessas pessoas.
Ainda de acordo com ela, já foi comprovado, com base em experimentos médicos, que essa modalidade esportiva impacta positivamente na vida de pacientes que passaram por determinados procedimentos relacionados ao câncer de mama.
“As atividades físicas estão alinhadas à prevenção do câncer e ao seu próprio tratamento. No projeto, as remadas sempre acontecem com o acompanhamento de instrutores que dominam as técnicas. Nos formulários de inscrição do projeto, nós conhecemos um pouco da saúde da pessoa interessada em participar, pois queremos que elas tenham acesso aos benefícios do esporte”, salientou a idealizadora do projeto.
Para ela, iniciativas como o AMar Rosa permitem fortalecer o acolhimento de pessoas vítimas do câncer de mama. “É muito importante estar próximo de pessoas que sofreram as mesmas dores, físicas e mentais, de um tratamento. É ter contato com quem sofreu ou sofre com as inseguranças da doença, de compartilhar relatos. Só nós, que sentimos na pele aquilo tudo, sabemos o que estamos falando, pois há empatia, nos colocamos na dor do outro”, considerou Ana França.
A convidada relatou ainda as suas experiências pessoais com o câncer de mama e de que forma a doença impactou a sua vida. “Não sei mensurar qual o impacto que foi maior, se foi o medo de perder o cabelo ou as mamas, mas acho que o que pesou mais foi o apego à vida. Há também os momentos de estresse, de tristeza, que somatizam no corpo e acabam prejudicando o tratamento, pois precisamos ter uma imunidade boa para nos submeter aos procedimentos”, comentou.
Ela revelou ainda que o projeto AMar Rosa foi capaz de mostrar a ela outras percepções sobre o período pós-câncer de mama de quem enfrentou a doença. “O projeto me mostrou que as pessoas carregam muitas dores da vida e não sobreviveram apenas ao câncer de mama. São pessoas que carregam consigo outras dores e chegam muito carentes ao projeto. Nós ficamos mais sensíveis depois do tratamento”, assinalou.
CONEXÃO ALECE
Apresentado pela jornalista Kézya Diniz, o programa Conexão Alece (96,7 MHz) é transmitido também pelo canal da emissora no YouTube às segundas-feiras, a partir das 8h. A produção é veiculada ainda na TV Assembleia, às segundas-feiras, às 20h30, e fica disponível no podcast da emissora. Basta procurar o canal nas principais plataformas de áudio, como Spotify, Deezer, YouTube Music e Apple Podcasts.
Assista na íntegra à entrevista com Ana França no Conexão Alece:
Edição: Vandecy Dourado
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