Papel sociocultural da vaquejada para o Ceará é destacado em solenidade na Alece
Por Ariadne Sousa21/05/2025 18:59 | Atualizado há 3 semanas
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A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), realizou, na tarde desta quarta-feira (21/05), solenidade em homenagem à vaquejada. Na ocasião, foram apontadas as raízes culturais do movimento, assim como o impacto gerado pelos eventos promovidos em todo o Estado. A solenidade atendeu a requerimento de autoria dos deputados Danniel Oliveira (MDB) e Carmelo Neto (PL).
O primeiro-vice-presidente da Alece, deputado Danniel Oliveira (MDB), contou que a sua ligação com a vaquejada vem desde o seu avô, que atuou como vaqueiro. “Ao longo desses anos, tive a oportunidade de poder defender essa causa, de defender o vaqueiro e, dentro da vaquejada, ter muitos amigos conquistados”, disse.
Danniel Oliveira lembrou que, em 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional lei do Ceará que regulamentava a vaquejada como prática esportiva e cultural no Estado. “Eu nunca vi, até hoje, nenhum tipo de manifestação maior e mais organizada do que a que os vaqueiros fizeram naquele momento, quando nós levamos mais de 700 caminhões e 3.000 cavalos a Brasília e fizemos uma das mais lindas manifestações que o Brasil já teve. E ali nós conseguimos conscientizar os deputados federais, os senadores, quanto à importância da batalha, e principalmente economicamente o que ela representa para o nosso Nordeste”, completou.
Para o coautor da sessão, deputado Carmelo Neto (PL), a atividade é importante para o turismo, a cultura e a economia - neste último aspecto, ele pontuou que são movimentados mais de R$ 800 milhões. “É muito dinheiro movimentado, emprego, renda, desenvolvimento para as cidades, desenvolvimento para o nosso interior, então eu arrisco dizer que o número é até maior que o dado oficial”, afirmou o parlamentar.

Cantor Zé Vaqueiro ressalta a importância da vaquejada para impulsionar a economia no interior - Foto: Marcos Moura
Representando os agraciados, o cantor Zé Vaqueiro disse que sua trajetória na música esteve, desde o início, ligada à prática da vaquejada. “Hoje ela tem criado uma proporção gigantesca, realmente só quem está dentro que consegue ver o tanto de gente que está envolvido, não só ali no ato de correr a vaquejada, mas por fora também. É muita gente envolvida, muitas famílias envolvidas e também movimenta muito a economia dos interiores”, ponderou.
A vaqueira Diana Larissa Botelho Rodrigues falou sobre a representatividade feminina nas competições e ressaltou que a presença das mulheres vem aumentando a cada ano. “É uma das principais categorias que impulsionam o crescimento do esporte, a categoria feminina é atração de público em toda vaquejada. A mídia nas redes sociais e a visibilidade têm crescido muito, e isso está muito relacionado às mulheres”, avaliou.
No rol de homenageados estão o vaqueiro Dheovane Almeida e os empresários Isaías Duarte (Isaías CDs), Carlos Aristides, João de Almeida e Marquinhos Callou. Além desses, receberam certificados da Alece: Artenisio Teixeira Leite, Antônio César Cândido Alves, Dalcy Pitél Diógenes Carneiro da Cunha, Dayane Bandeira Pereira, Eduardo Luciano Furtado, Francisco Paulo Vitoriano da Silva, Francisco Rones da Silva Brito, Francisco José Costa Pereira, José Ricardo de Araújo, João de Sousa Morais, Matheus Andrade de Oliveira, Moacy Wellington Diógenes Maia e Roberto Jorge Oliveira Santos.
Na mesa da cerimônia, estiveram presentes o subscritor da solenidade, Queiroz Filho (PDT); a vereadora de Fortaleza Bella Carmelo (PL- CE) e o vaqueiro Francisco da Silva.
Acompanhe abaixo a íntegra da solenidade:
Edição: Clara Guimarães
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