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Internautas discordam da reserva de vagas para negros em concurso

Por ALECE
17/02/2014 16:32 | Atualizado há 2 semanas

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Enquete realizada pelo portal da Assembleia Legislativa, veiculada na semana de 10/02 a 17/02, questionou se o internauta é a favor da reserva de 20% das vagas nos concursos da administração pública federal para candidatos negros, conforme estabelece projeto de lei do Governo Federal que aguarda votação no Congresso Nacional. Um total de 72,4% votou contra, afirmando que, “no Brasil, é difícil definir quem se enquadra nesse perfil racial”. Já 24,5% concordam com a proposta, “pois é preciso favorecer a inclusão social desse amplo segmento da população”; enquanto 3,1% não têm uma opinião formada sobre o assunto.

"O deputado Heitor Férrer (PDT) afirma não ser a favor de nenhum tipo de cota racial, “mas sim de cotas sociais”. Para ele, o processo de aprovação de candidatos em qualquer tipo de concurso “não deveria envolver cor”. “Nesse caso, a capacidade do candidato em nada tem a ver com sua raça, mas acredito em um sistema que dê alguma chance aos alunos de escolas públicas, que não tiveram condições ou meios de se prepararem adequadamente”, defendeu.

Já o deputado Dedé Teixeira (PT) entende que a cota social é mais justa, “porém, entende que, coincidentemente, a maioria dos cidadãos que se enquadraria nesse sistema de cotas é negra. "Creio que essa iniciativa traria um pouco mais de justiça e equidade”, assinalou. Para o petista, a proposta precisa ser “aprimorada”.

O coordenador da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Governo Estadual, Ivaldo Paixão, afirmou que essa reserva de vagas é “uma política afirmativa de inclusão”. “Temos uma dívida social com a população negra, tanto que a maioria das pessoas que estão nas ruas sem trabalho, é negra, assim como a maioria dos bandidos encarcerados em uma prisão”, refletiu.

Ele afirmou que, até junho, será instituído o Plano Estadual de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial e o Conselho Estadual de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial. “Esperamos, então, avançar mais na conscientização das pessoas quanto à questão da igualdade racial. O estabelecimento de cotas é apenas um reflexo da nossa sociedade que é racista enquanto finge ser democrática”, frisou.
PE/CG

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