Papel do Instituto Dragão do Mar para a cultura do CE é reconhecido em solenidade
Por Geimison Maia17/04/2023 21:33 | Atualizado há 2 anos
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A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará realizou, na noite desta segunda-feira (17/04), no Plenário 13 de Maio, sessão solene em homenagem aos 25 anos do Instituto Dragão do Mar (IDM).
A deputada Larissa Gaspar (PT), requerente da solenidade, ressaltou que, ao longo desse tempo, o IDM “vem trabalhando para promover e descentralizar o acesso à cultura”. A organização social é responsável pela gestão de 16 equipamentos culturais no Ceará.
De acordo com Larissa Gaspar, foi de fundamental importância a decisão do governador Elmano de Freitas de não reduzir os recursos para a área da cultura, mesmo com as dificuldades orçamentárias. “Investir na cultura é necessário e é preciso que a gestão enxergue a política cultural não como despesa, mas como investimento”, defendeu.
A parlamentar colocou o mandato à disposição na defesa das políticas culturais do Estado e informou que a Comissão de Cultura e Esportes já aprovou visitas dos parlamentares integrantes do colegiado a equipamentos culturais. Larissa Gaspar adiantou ainda que, após a regulamentação da Lei Paulo Gustavo pelo Ministério da Cultural, vai solicitar a realização de audiência e seminários regionais para conscientizar os cearenses sobre os direitos garantidos pela legislação.
Já o secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, destacou o importante papel do Ceará nos últimos anos em relação às políticas de cultura. Ele ainda elogiou a gestão do ex-secretário da Cultura do Ceará, Paulo Linhares, a quem considera “fundamental para o pensamento da política cultural não só do Ceará, mas do Brasil”. Fabiano Piúba lamentou ainda os desmontes ocorridos nos anos anteriores na política cultural do País e comemorou a recriação do Ministério da Cultura.
Para a secretária da Cultura do Ceará, Luiza Cela, é “muito importante a gente fortalecer neste espaço (do parlamento) a discussão sobre a cultura e as políticas culturais do Ceará”. Ela informou que atualmente são 27 equipamentos culturais existentes no Estado. “As pessoas olham para o Estado do Ceará como referência em políticas culturais”, comentou.
Luiza Cela ainda traçou um paralelo entre a luta de resistência dos jangadeiros contra o tráfico de escravos, liderada por Dragão do Mar, e o papel desempenhado pelo Instituto. “No fim das contas, quando a gente está falando de política cultural, falamos de não aceitar a opressão, o autoritarismo e outros modelos que diminuam a potência humana”, avaliou. Ela também defendeu as parcerias com organizações sociais (OS) como o IDM para garantir a efetivação de políticas públicas do Estado.
A diretora-presidente do IDM, Rachel Gadelha, lembrou que a instituição foi a primeira OS na área cultural do País. “Em seus 25 anos, o IDM não foi só pioneiro, mas foi ousado e criativo”, afirmou ela, citando o impacto do trabalho do instituto na economia criativa do Ceará ao longo de todos esses anos. Segundo Rachel Gadelha, o valor de todos os contratos dos 16 equipamentos geridos pelo IDM é de mais de R$ 100 milhões.
Durante a solenidade, foram homenageados com certificados a sócia-fundadora e diretora em exercício do IDM, Bete Jaguaribe; o ex-presidente do IDM entre 2011 e 2021, Paulo Linhares; o 1º diretor-presidente do IDM, Antônio Pádua; o ex-secretário da Cultura Fabiano Piúba; e a funcionária mais antiga do IDM, Elis Xavier.
Falando em nome dos que receberam homenagens, Bete Jaguaribe recordou o desafio da criação do IDM. “Quando o instituto foi criado, o campo cultural do Ceará era muito frágil, os setores estavam se organizando (...) e o IDM foi criado com uma série de pautas, mas tinha uma muito importante e preciosa para mim, que é uma escola de formação”, disse.
Também estiveram presentes na mesa da solenidade o reitor da Universidade Federal do Cariri (UFCA), Ricardo Ness; o secretário-executivo de Planejamento e Gestão Interna da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Ceará (Sema), Gustavo Vicentino; e a secretária-executiva da Igualdade Racial do Estado do Ceará, Martir Silva.
Edição: Clara Guimarães
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