Alece celebra 80 anos da vitória dos Aliados na 2ª Guerra Mundial e homenageia ex-combatentes

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) celebrou os 80 anos da vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial e a atuação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A solenidade, que atendeu a requerimento dos deputados Antônio Henrique (PDT), com subscrição dos deputados Sargento Reginauro (União), Cláudio Pinho (PDT), Lucinildo Frota (PDT) e Fernando Hugo (PSD), homenageou ainda os ex-combatentes cearenses.

O deputado Antônio Henrique ressaltou que a solenidade não é apenas para recordar um marco histórico, mas também para “homenagear homens e mulheres que escreveram com sangue um capítulo da nossa história”. O parlamentar lembrou que o Dia da Vitória representa o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, com a rendição oficial das tropas do Eixo às forças aliadas. “Um dia que marcou o fim do terror que assolava o mundo naquele período”, pontuou.

Antônio Henrique destacou também o papel fundamental do Brasil nessa conquista. Segundo ele, em 1942, o País declarou guerra às potências do eixo. Entre 1944 e 1945, enviou cerca de 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira para combater na Itália. “Eram jovens brasileiros que deixaram suas famílias, sua terra e seus sonhos para enfrentar o desconhecido em nome da liberdade de todos nós”, observou.

O parlamentar fez ainda menção ao ex-combatente da Segunda Guerra Mundial tenente Geraldo Rodrigues de Oliveira, que estava presente no Plenário 13 de Maio e foi homenageado. “É uma alegria estar aqui homenageando esse homem que tem uma grande história para contar para nós e todos aqueles que amam a historia do Ceará e do Brasil”, disse. 

O comandante da 10ª Região Militar, general de divisão Pinto Sampaio, enfatizou o compromisso, a dedicação e a entrega daqueles que lutaram na guerra e foram homenageados na solenidade. Segundo ele, a vocação daqueles que integram as Forças Armadas se materializou na Segunda Guerra Mundial, quando os pracinhas saíram do Brasil, atravessaram o Oceano Atlântico, desembarcaram na Itália e combateram um inimigo poderoso. “Tudo isso com um propósito: libertar a humanidade do nazifascismo. Isso não pode ser esquecido”, destacou.

O general lembrou que o mundo comemora a vitória dos Aliados na Segunda Guerra, e o Ceará não deixou de fazê-lo. “Que esse momento não seja único, mas se eternize e seja uma constante em nossas instituições, para que possamos sempre valorizar aquilo que faz do Brasil um país gigantesco”, almejou.

Entre os homenageados estão os ex-combatentes Manuel Clodomir de Almeida, Paulo Albano de Lima, Cícero de Ouro Preto, Terto Maximiano de Sousa, Vicente José de Sousa, Olavo Catunda, tenente Geraldo Rodrigues de Oliveira, general Tácito Theophilo Gaspar de Oliveira, coronel Heitor de Caracas Linhares, coronel Temístocles Navarro Dias de Macedo, tenente-coronel Antônio de Andrade Poty, monsenhor Joaquim de Jesus Dourado – único capelão cearense na FEB –, tenente Sinval Rolim, soldado Raimundo de Castro Sobrinho e João Ferreira Batista.

Foto: Junior Pio

Foram homenageados ainda o 23° Batalhão de Caçadores, o Colégio Militar de Fortaleza, o Parque Regional de Manutenção da 10ª Região Militar, o Instituto Montese, a Liga da Defesa Nacional, a jornalista Thays Maria dos Santos Salles, o coronel veterano Francisco Assis de Souza, o senhor Anselmo Uguccioni e o professor Eleazar de Castro Ribeiro.

Também estiveram presentes a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, Ângela Teresa Gondim Carneiro Chaves; o sub-comandante da Base Aérea de Fortaleza, tenente-coronel Sadique, representando o coronel aviador Leonardo Amorim de Oliveira; o capitão de fragata comandante Jefferson, representando o capitão dos portos do Ceará, capitão de mar e guerra Emilião, e a presidente do Instituto Montese, Francisca Catia de Sousa Silva.

HISTÓRIA

A Força Expedicionária Brasileira (FEB), criada a partir do contexto da Segunda Guerra Mundial, atuou ao lado da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira. A FEB, composta por aproximadamente 25.332 militares, dos quais 377 eram cearenses, foi reconhecida pela população italiana como “libertadores”. Ao término da guerra, ela havia aprisionado mais de 20 mil soldados inimigos e capturou 80 canhões, 15.500 viaturas e quatro mil cavalos.

Em contrapartida, as conquistas vieram acompanhadas de um alto custo: 471 brasileiros morreram em combate, sendo 450 praças, 13 oficiais do Exército e oito pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB). Destes, seis nasceram no estado do Ceará. 

Acompanhe a sessão solene em celebração aos 80 anos da vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial e à atuação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito no vídeo abaixo da transmissão no Youtube.

Edição: Lusiana Freire