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Felipe Mota avalia que a “inversão de valores” no Brasil está destruindo os três poderes

Por Gleydson Silva
23/09/2025 11:25 | Atualizado há 1 semana

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Deputado Felipe Mota (União) - Foto: José Leomar

O deputado Felipe Mota (União) avaliou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (23/09), que a “inversão de valores” dos três poderes está destruindo o Executivo, o Legislativo e o Judiciário no Brasil.

De acordo com o parlamentar, o País vive atualmente uma polarização e uma onda de narrativas. Para ele, a proposta que ficou conhecida como a PEC da Blindagem desmoraliza toda a classe política, pois contou com o voto favorável de deputados dos mais diferentes partidos, de direita, esquerda e de centro. “Nós tivemos deputados do meu partido que votaram a favor, do PT e tantos outros. Que corrijam o erro. Há um jogo de narrativas e de bravuras nas ruas, mas ninguém resolve o que realmente interfere na vida do Brasil”, observou.

O deputado pontuou que o Governo Federal não consegue executar o orçamento porque a Justiça interfere, além de impactar também o Legislativo. “A inversão de poderes está em todo canto. Não se pode combater isso de forma hipócrita”, disse.

Felipe Mota defendeu ainda uma proposta de emenda à Constituição Estadual de autoria do deputado Cláudio Pinho (PDT). Ele avalia que os deputados devem ser investigados igualmente aos demais cidadãos brasileiros. No entanto, afirmou que é importante manter as prerrogativas parlamentares. “Para que eu possa chegar aqui e denunciar, falar, questionar, criticar e ser criticado, isso eu não abro mão, pois é uma vitória do Legislativo”, defendeu. 

O terceiro-secretário da Mesa Diretora criticou ainda a esquerda por estar se manifestando na rua contra a PEC Blindagem e o PL da Anistia, mas que não luta pelo que está interferindo na vida do povo, como cobrar resolução para o “tarifaço do Trump” sobre o Brasil. “No final do ano, por causa do tarifaço, teremos nas contas do estado do Ceará R$ 620 milhões. Os produtores estão preocupados é em ter a garantia de trabalho e em ter o que comer no final do mês”, alertou.

Edição: Vandecy Dourado

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