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Erundina defende mobilização social em torno da Comissão da Verdade

Por ALECE
27/04/2012 20:58 | Atualizado há 3 semanas

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A deputada federal e ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina (PSB-SP) foi a última palestrante do I Seminário Memória, Verdade e Justiça, na tarde desta sexta-feira (27/04), na Assembleia.  Erundina falou sobre as Perspectivas da Comissão Nacional da Verdade e defendeu “uma ampla mobilização da sociedade brasileira para calar a voz dos que resistem à busca da verdade”.

Erundina destacou a importância histórica da Comissão, que visa localizar desaparecidos e culpados por casos de tortura e assassinato durante a Ditadura Militar (1964-1985). “Esses crimes são imprescindíveis e a democracia brasileira não será consolidada enquanto não virarmos esta página. Por isso precisamos conhecer esta página”, afirmou Erundina, que cobrou pressa do Governo Federal para que a Comissão da Verdade possa ser iniciar se trabalho.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, deputada Eliane Novais (PSB), ressaltou a importância do resgate da memória histórica do País. Eliane propôs a criação de uma Comissão Parlamentar pela Verdade no Ceará, para ampliar a mobilização no Estado.

O superintendente do Instituto de Previdência do Município de Fortaleza (IPM), Mário Mamede, ex-deputado e ex-subsecretário de Direitos Humanos da Presidência da República, lembrou que países sul americanos que viveram ditaduras no mesmo período do Brasil, já identificaram seus mortos e puniram os culpados. “No Brasil, a resistência a esta ação vem de pequenos setores conservadores, e é preciso conscientizar a sociedade sobre a importância deste resgate histórico”, disse Mamede.

O conselheiro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Mário Albuquerque, ressaltou que a Comissão da Verdade quer apenas esclarecer os fatos. “A punição de culpados cabe à Justiça”. Ele lembrou que há pressão internacional para que os crimes cometidos pelo regime militar sejam esclarecidos.

Também participaram do evento a ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, o vereador João Alfredo (PSoL), o presidente da Associação Anistia 64-68, Messias Ponte; o coordenador de Direitos Humanos do Estado, Marcelo Uchoa, a diretora de Segurança Cidadã do Recife, Cacilda Medeiros, a presidente do Instituto Frei Tito de Alencar, Lúcia Rodrigues Alencar Lima, e vários outros militantes dos direitos humanos.

CV/CP

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