Hugo pede revisão de liminar que determina embargo de obras no Cocó
Por ALECE09/08/2013 14:20 | Atualizado há 1 mês
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No primeiro expediente da sessão plenária desta sexta-feira (09/08), o deputado Fernando Hugo (PSDB) clamou ao juiz da 6ª Vara Federal, Francisco Roberto Machado, que reveja a liminar que determinou, na noite de ontem (08/08), o embargo das obras para construção de viadutos na confluência entre as avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales, na área do Parque do Cocó. “Até porque, no texto que eu tinha em mãos, há um espaço em que ele diz que não fechou questão”, registrou.
O parlamentar afirmou que a obra “é um bem público” e vai beneficiar a população de Fortaleza. “É bom que se frise o interesse coletivo, o público que vai ser beneficiado. Transitam por ali, aproximadamente, 200 mil pessoas por dia, que perdem tempo, e carros que poluem nos engarrafamentos. Com rapidez, agilidade e fluidez do trânsito, não se terá essa agressão ambiental, afora os riscos de assaltos dominarem aquela região”, apontou o deputado.
O parlamentar informou sobre a manifestação em favor da construção de viadutos, que ocorrerá no próximo dia 17, a partir das 9h, no Parque do Cocó. “Manifestação ordeira, sem cachaça, sem drogas, sem pedras, sem baladeira, sem estilingue, sem machado, sem facão, sem nada”, garantiu.
Ele afirmou ser a favor “que se defenda o que se pensa, porém, com discussão, com debate. Ninguém é dono da verdade”, disse.
Em aparte, o deputado Júlio César Filho (PTN) disse que “a maioria da população cearense está a favor da construção desse viaduto”. O deputado João Jaime (PSDB) voltou a ressaltar que o impacto ambiental causado pelo engarrafamento diário no local é maior do que o da obra. “A questão da derrubada das árvores pode ser recuperada”, frisou. Segundo ele, a construção dos viadutos é o projeto “mais factível do ponto de vista financeiro prático”, até agora apresentado.
“Tenho o sentimento de que, não só a cidade de Fortaleza quer a construção do viaduto, mas que é necessária essa construção. Outras opções menos impactantes, se existem, não apareceram”, pontuou o deputado Roberto Mesquita (PV). O deputado Heitor Férrer (PDT) ressaltou que o juiz Francisco Roberto Machado, que determinou o embargo das obras, é “um dos homens mais corretos da Justiça brasileira”. O pedetista defendeu que a Prefeitura apresente o relatório de impacto ambiental, obedecendo ao licenciamento jurídico. “Foi licenciada uma intervenção que não previa viaduto e nem corte de árvores”, afirmou.
A deputada Eliane Novais (PBS) destacou que o projeto foi elaborado há 16 anos e não está em consonância com o Plano Nacional de Mobilidade Urbana. “Queremos o alinhamento com o desejo da sociedade, com a mobilidade urbana. O plano seria um orientador para Fortaleza”, disse.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) acredita que 90% da população de Fortaleza é favorável à construção da obra. Ele reclamou do “radicalismo” do movimento que se posiciona contra os viadutos. O deputado Augustinho Moreira (PV) disse que a não construção da obra seria um atraso. “Três edifícios da iniciativa privada estão construídos dentro do parque e nunca vi manifestação contra”, lembrou o líder do Governo na Casa, deputado José Sarto (PSB). O governista reafirmou o compromisso do governo Cid Gomes em regulamentar o Parque do Cocó até o fim de seu mandato.
RW/AT
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