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Seminário promovido pela Alece aponta benefícios da atividade física para pessoas com TEA

Por Pedro Emmanuel Goes
28/04/2025 16:25 | Atualizado há 3 horas

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Seminário ocorreu no Auditório Murilo Aguiar da Alece - Foto: Érika Fonseca / Alece

O Centro Inclusivo de Desenvolvimento Infantil (Ciadi) e a Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace), órgãos da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), promoveram, na tarde desta segunda-feira (28/04), o III Seminário do TEA. Com o tema “A importância da atividade física para o desenvolvimento cognitivo e motor da pessoa com TEA”, o evento reuniu mães e pais atípicos, além de profissionais e estudantes, que puderam conferir uma série de palestras voltadas para o desenvolvimento motor de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Presente no evento, a primeira-dama da Alece, Tainah Marinho, enalteceu o papel do Ciadi no desenvolvimento de crianças com TEA e Trissomia 21 (T21) e reforçou que o III Seminário do TEA “é mais uma iniciativa que mostra que a Alece reconhece a importância e urgência de falar sobre estes temas”. 

Primeira-dama da Alece, Tainah Marinho defendeu o engajamento da Alece em pautas como TEA - Foto: Érika Fonseca / Alece

“É fundamental ouvir famílias, profissionais, representantes de entidades e organizações que trabalham nesta linha de frente, pois só assim seremos guiados para a construção de políticas mais humanas e mais eficientes”, defendeu. 

Na mesma linha, a coordenadora do Ciadi, Maria Aryadna Lopes, ressaltou a importância de “contribuir com ações que valorizem a inclusão e desenvolvimento das crianças com TEA e T21”. “Os conhecimentos compartilhados aqui devem favorecer muitas crianças e adolescentes. O mundo precisa de todo tipo de mente, e só a diversidade permite crescer e transformar a realidade ao redor", avaliou. 

O ciclo de palestras da tarde iniciou com apresentação da fisioterapeuta do Ciadi, Ingrid Meirelles, que falou sobre “Desenvolvimento Motor e Alterações Motoras nas crianças com TEA”. De acordo com ela, a maior parte dessas crianças possui alterações no processamento sensorial, condição que impede que as informações sensoriais cheguem ao cérebro de forma correta. 

“O resultado disso são atrasos na aquisição e no refinamento das atividades motoras, o que pode resultar em baixas habilidades motoras quando se compara às outras crianças”, explicou. 

A palestrante também reforçou a atuação do fisioterapeuta neste processo de acompanhamento, e pontuou a importância de se observar o desenvolvimento da criança no dia a dia, como sua capacidade de andar corretamente, pois muitas crianças têm o hábito de marchar nas pontas dos pés, causando alterações físicas no membro que dificultam o apoio e manutenção da postura, e se sofrem quedas recorrentes, entre outras observações. 

Público lotou o Auditório Murilo Aguiar para acompanhar o seminário - Foto: Érika Fonseca / Alece

O médico neuropediatra do Ciadi, André Manganelli, complementou a apresentação destacando os principais benefícios da realização de exercícios físicos para saúde motora da criança com TEA. De acordo com ele, essas atividades podem melhorar a atividade cognitiva, as funções executivas do indivíduo, o controle motor, o comportamento, o sono e a saúde física em geral. 

A tarde seguiu, ainda, com apresentações da terapeuta ocupacional Karoline Brandão, que falou sobre “As Atividades da Vida Diária (AVDs) no processo de autonomia da pessoa com TEA”; do educador físico Vicente Matias, que falou sobre “O papel do educador físico na inclusão esportiva”; da educadora física Natielli Barros Correia, com a palestra  “Abordagem Lúdica: metodologias no ensino de atividades físicas para pessoas com autismo e suas adaptações”; e do educador físico Rodrigo Viana de Freitas, que falou sobre as contribuições da educação física para o TEA.

Além disso, o III Seminário do TEA contou, também, com apresentações artísticas promovidas pelas crianças atendidas pelo Ciadi junto ao musicoterapeuta do centro, Rodrigo Félix, e com a presença da orientadora da Célula do TEA, Maria Luísa Pinheiro Melo.

Confira abaixo a íntegra do seminário: 

Edição: Geimison Maia

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