Guilherme Bismarck repudia ataques sofridos por ministra Marina Silva no Senado
Por Luciana Meneses28/05/2025 11:45 | Atualizado há 1 dia
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O deputado Guilherme Bismarck (PSB) repudiou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quarta-feira (28/05), os ataques sofridos pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado nessa terça-feira (27/05).
Durante o debate, a ministra foi interrompida várias vezes e teve o microfone cortado pelo presidente da sessão, o senador Marcos Rogério (PL-RO). Em determinado momento, o parlamentar dirigiu-se à Marina e disse: “Ponha-se no seu lugar”.
Para Guilherme Bismarck, o tratamento que a ministra recebeu não pode ser aceito. “Não podemos aceitar esse tipo de polarização midiática, lacradora, a que estamos assistindo no Congresso. A ministra merece todo o nosso apoio, e eu espero que, após esse triste episódio, a pauta ambiental seja cada vez mais fortalecida por todos os governos, pois não há mais respeito por ninguém que defenda o meio ambiente”, defendeu.
Na mesma temática, o deputado denunciou a grilagem de terras no Litoral Leste cearense. “Ontem vi aqui a defesa da Rota das Falésias e tenho acompanhado no Litoral Leste a ocorrência de cercamento de grilagem em áreas de falésias que devem ser preservadas. Como podemos pensar o desenvolvimento sem a preservação do meio ambiente? Se não houver uma ação firme da fiscalização e dos órgãos responsáveis, vão acabar com nossas falésias”, alertou.
O parlamentar sugeriu mais investimentos para as secretarias ambientais e órgãos de fiscalização. “Mais investimento resulta em mais concursos, mais estrutura e equipamentos. Sou a favor do desenvolvimento econômico, mas pautado no sustentável; do fortalecimento dos órgãos ambientais nos municípios”, declarou.
Em aparte, o deputado Missias Dias (PT) também lamentou o episódio ocorrido no Senado. “Não podemos fingir que não estamos vendo isso. Essa PL aprovada pelo Senado vai ser boa somente para aqueles que não têm qualquer compromisso com o meio ambiente. Marina Silva é uma referência mundial e a constrangeram. Um senador mandar uma ministra se colocar em seu lugar? Um absurdo. Estamos atentos e ao lado daqueles que defendem a vida”, apoiou.
A deputada Larissa Gaspar (PT), por sua vez, classificou o fato como inaceitável. “Aquilo é crime. Violência política de gênero, e o senador deve responder pelo que fez. Humilhou, desrespeitou uma mulher que estava exercendo sua função, seu mandato eletivo. Esse é um alerta para o Congresso debater o alcance da Lei de Violência de Gênero. Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive nos espaços de poder e decisão”, afirmou.
Edição: Vandecy Dourado
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