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Guilherme Sampaio avalia declarações públicas do ex-presidente Bolsonaro

Por Ricardo Garcia
29/02/2024 12:13 | Atualizado há 1 mês

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Deputado Guilherme Sampaio (PT) - Foto: Junior Pio

O deputado Guilherme Sampaio (PT) abordou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quinta-feira (29/02), recentes declarações do ex-presidente da República Jair Bolsonaro a respeito dos ataques em Brasília no início de 2023, realizados por apoiadores do ex-mandatário do País.

Segundo Guilherme Sampaio, em ato público de apoio ao ex-presidente no último domingo (25/02), em São Paulo, o próprio Bolsonaro teria admitido a culpa em alguns crimes relacionados ao episódio de Brasília. “Bolsonaro é um réu confesso, porque assumiu publicamente, na Avenida Paulista, na frente de milhares de pessoas e com transmissão pela mídia, que havia uma minuta do golpe. Ele não assimilava essa tese, não assumia que ele e o seu governo haviam discutido a minuta do estado de defesa, debatendo o texto com ministros. Agora ele se entregou”, avaliou o parlamentar.

Ainda segundo o deputado, Bolsonaro foi além. “Não bastou ele reconhecer que articulou o decreto do estado de defesa para reverter o resultado das eleições, ele chegou a propor, quase exigir, anistia aos golpistas”, ressaltou.

Para Guilherme Sampaio, anistia se discute para quem comete crime. “Ao propor anistia, ele se entrega mais uma vez, pois reconhece que foi praticado um crime gravíssimo contra a democracia brasileira”, salientou.

O deputado também comentou sobre o posicionamento do Brasil nos conflitos na Faixa de Gaza. “O Estado brasileiro e o presidente Lula têm muita moral e legitimidade para erguer a voz em relação ao genocídio contra a população palestina, vitimando em sua maioria mulheres e crianças. É um gesto de respeito à dignidade humana e de compromisso com a paz”, pontuou.

Em aparte, o deputado De Assis Diniz (PT) lamentou existir uma confusão entre questões políticas e religiosas no debate sobre Israel. “Israel hoje é um estado moderno, que tem a ciência como referência, que descriminalizou a maconha, que legalizou o aborto em alguns casos, que promove a maior marcha LGBTQIA+ do Oriente Médio. Existe esse Israel, que é um estado liberal, e existe aquele da referência bíblica”, pontuou.

Já o deputado Cláudio Pinho (PDT) criticou os movimentos que defendem a volta do regime militar no Brasil. “As pessoas hoje não sabem o que é uma ditadura e um regime militar. Quem defende não conhece o sofrimento que muitas famílias passaram nessa época”, assinalou.

Edição: Adriana Thomasi 

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