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Missias Dias aponta preocupação da população que vive em área de litígio

Por Gleydson Silva
05/03/2024 11:54 | Atualizado há 1 mês

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Deputado Missias Dias (PT) - Foto: Junior Pio

O deputado Missias Dias (PT) apontou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (05/03), a preocupação da população que vive na área de litígio entre o Ceará e o Piauí e cobra que os moradores desses locais sejam ouvidos para auxiliar na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O parlamentar ressaltou que esse processo se arrasta por muito tempo, já passou por diversas etapas e tem previsão de uma resolução até julho deste ano. Segundo ele, essa indefinição assusta a população local. “Durante todos esses anos, em nenhum momento, a população desses municípios foi ouvida. A pergunta que todos fazem é: nós corremos risco de deixar de ser cearenses para ser piauienses? Em algum momento seremos ouvidos?”

Missias Dias disse esperar que todo investimento que o Governo do Ceará fez na região seja mantido para o povo cearense. “Não se justifica corrermos o risco de que todo o patrimônio e todos os investimentos do Estado e das pessoas sejam passados para o Piauí”, enfatizou.

De acordo com o deputado, a movimentação em defesa do território para o Ceará não representa que os cearenses são contra o Piauí ou sua população, mas que reitera o direito sobre a região.

Missias Dias parabenizou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Ceará pela doação de doze toneladas de alimentos para famílias atingidas pelas enchentes no município de Santa Quitéria, na última semana. Ele lamentou também a situação das famílias que estão em situação de dificuldade. 

O deputado Alysson Aguiar (PCdoB), em aparte, também ressaltou o trabalho da Alece, por meio do Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais do Ceará (Celditec), com a produção e o levantamento de pesquisas e documentos que são relevantes e que podem fortalecer a defesa do Ceará. Ele propôs ainda a criação de uma frente parlamentar em defesa da região em litígio.

O deputado Moisés Loiola (Progressistas) avaliou que a definição não é rápida e fácil e defendeu a realização de um plebiscito para ouvir os moradores envolvidos. “Eu não acredito que vai se resolver na base da canetada. Ou é conversando, se entendendo, ou não tem solução”, disse.

Edição: Lusiana Freire

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