Dr. Aloísio critica gestão do Programa Estadual de Cirurgias Eletivas no Ceará

O deputado Dr. Aloísio (União) criticou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quinta-feira (11/04), a execução do Programa Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas criado pelo Governo do Estado. 

De acordo com o deputado, o Ceará realizou em 2023 pouco mais de 60 mil cirurgias eletivas, e os estados do Espírito Santo e São Paulo promoveram 120 mil e um milhão de procedimentos, respectivamente. “Neste ano, no Ceará, foram mais de 20 mil cirurgias em janeiro, fevereiro, março e abril”, observou. 

O parlamentar classificou como absurdo o número de procedimentos realizados pelo Estado em comparação a outras unidades da Federação. Para ele, a situação é um descaso. “É um absurdo que um estado pequeno como Santa Catarina tenha chegado a mais de 17 mil cirurgias por mês, e o Ceará faz seis mil por mês”, analisou.

O Programa Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, segundo informou, recebeu um aporte inicial do Governo Federal no valor de mais de R$ 8 milhões, mas, em 2023, conforme Dr. Aloísio, o Estado recebeu R$ 600 milhões da União. 

Dr. Aloísio sugeriu que o Estado crie mutirões para a realização de cirurgias. “É muito simples, os recursos estão aí. Não adianta informar que não tem recursos para a realização de cirurgias. Nós temos que criar um processo chamado Opera Ceará, com realização de mutirões. Se nós temos 100 cirurgias vasculares, então vamos fazer e resolver”, sugeriu. 

O parlamentar explicou ainda que os recursos para a realização dos mutirões poderiam ser pactuados junto a hospitais e equipes de cirurgias. “Essa é a realidade do nosso Estado. Quando você compara com outros estados, você vê o descaso".

A gestão da cultura no município do Crato e do curso de Medicina da Universidade Regional do Cariri (Urca) também foram citados pelo deputado. 

Edição: Adriana Thomasi