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Antônio Henrique cobra diálogo para solução de greve no ensino superior

Por Gleydson Silva
16/04/2024 12:55 | Atualizado há 2 semanas

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Deputado Antônio Henrique (PDT) - Foto: Junior Pio

O deputado Antônio Henrique (PDT) cobrou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (16/04), diálogo entre os governos Federal, Estadual e seus respectivos professores para a solução da greve nas instituições de ensino superior no Ceará, iniciada na segunda-feira (15/04).

Professores e servidores das sete instituições de ensino superior, de acordo com o parlamentar, reivindicam recomposição salarial e melhorias de trabalho. Três das instituições são federais: Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Cariri (Ufca) e Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Outras três são estaduais: Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Regional do Cariri (Urca) e Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA). Além dessas, os professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) também paralisaram suas atividades. 

Antônio Henrique criticou ainda o pedido do Governo do Ceará na Justiça solicitando a ilegalidade da paralisação dos docentes. “Nós estamos em um país democrático, em que o Governo se diz ser o mais democrático de todos. Mas, quando lemos essa notícia de que o Governo entrou na Justiça pedindo a ilegalidade da greve, questiono onde está a nossa democracia”, indagou.

O deputado avaliou que o corpo docente dessas instituições hoje se frustra com a forma com que o Governo tem tratado o movimento de greve, “pois havia depositado nele esperanças de dias melhores”.

A insatisfação dos servidores do Estado sobre o salário e as condições de trabalho é geral, segundo ele, com profissionais de outras áreas paralisando os trabalhos, como os do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em greve, cobrando por reajuste salarial. “Os servidores ainda reivindicam melhores salários, pois, a cada dia, a inflação corrompe o poder de compra da população”, disse.

O deputado Cláudio Pinho (PDT), em aparte, reforçou a necessidade do diálogo entre os governos com os seus servidores para resolver as demandas cobradas pela categoria, afinal “quem sofre com a paralisação é a população”.

Já o deputado Queiroz Filho (PDT) estranhou o pedido do Governo para a decretação de ilegalidade da greve, sobretudo com a possibilidade de aplicação de imposição de multas. Segundo ele, o impacto dessa paralisação é sobre os alunos, “afinal irão concluir os cursos com mais tempo”. 

Edição: Adriana Thomasi

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