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Antônio Henrique solicita abertura das galerias do Plenário 13 de Maio

Por Luciana Meneses
23/04/2024 11:30 | Atualizado há 1 semana

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Deputado Antônio Henrique (PDT) - Foto: Junior Pio

O deputado Antônio Henrique (PDT) solicitou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará desta terça-feira (23/04), a reabertura das galerias do Plenário 13 de Maio, para que a população volte a acompanhar as sessões de perto.

O parlamentar recordou que, desde o início da pandemia da Covid-19, as galerias foram fechadas cumprindo as normas necessárias impostas na época e, desde então, seguem da mesma forma. “Peço ao nosso presidente que abra a galeria novamente, para que possamos receber aqueles que desejam entrar na Casa que é deles, para assistirem, participarem e serem ouvidos pelos seus representantes. Hoje mesmo temos servidores em greve lá fora que desejam ser ouvidos e não podem ocupar as galerias”, apontou. 

Os servidores em greve mencionados pelo deputado são representantes do Departamento de Trânsito do Ceará (Detran-CE) que estão em greve desde o início do mês de abril e denunciam a contratação temporária de vistoriadores para atuarem na fiscalização dos veículos, em substituição aos fiscais do Detran.

“Alguém sabe o partido do governador Elmano? Ainda é Partido dos Trabalhadores? E é assim que ele trata os servidores? Trabalhadores organizados, sem qualquer baderna, apenas exigindo seus direitos, pedindo melhorias salariais e nas condições de trabalho foram recebidos pela Polícia Militar com spray de pimenta. É assim que o governador reconhece seus servidores?”, questionou Antônio Henrique.

O parlamentar afirmou ainda que formaria uma comissão com mais deputados para receber os servidores do Detran e pediu apoio dos demais colegas para que todas as categorias voltassem a ocupar as galerias quando precisassem. “Inclusive convoco meus colegas desde a Câmara dos Vereadores, onde sempre recebemos a população: vamos abrir essas galerias. A Assembleia é do povo”, frisou. 

Em aparte, o deputado Sargento Reginauro (União) concordou com o pedido do colega parlamentar sobre a reabertura das galerias. “Me somo ao seu pedido para o presidente abrir a galeria novamente. São servidores públicos e têm direito de serem ouvidos e recebidos. Deputado não pode ter medo do povo. Desde a pandemia as galerias estão fechadas. É inadmissível. E deixo aqui minha solidariedade aos servidores do Detran que estão sendo tratados de forma covarde e vil pelo governador. Chamam para reunião na Casa Civil sem nenhuma proposta e depois mandam a polícia atacar os servidores. E a culpa não é do policial, pois a ordem foi do Governo”, apontou.

Para o deputado Alcides Fernandes (PL), o atual Governo trata servidores como criminosos. “Governador dos trabalhadores e dá ordem para a polícia jogar spray de pimenta nos olhos dos seus servidores? Enquanto os bandidos fecham o Pirambu e o governador não envia sua tropa. Esse é o governo do terror”, classificou.

Já o deputado Felipe Mota (União) sugeriu que o Governo do Estado estaria perdendo o controle. “A falta de diálogo leva o respeito embora. Pedimos sempre que o servidor trate bem o cearense. Mas e o reconhecimento do servidor? E o Detran está parado nesse momento. Estamos falando da economia, do setor produtivo, que para junto com isso porque depende desses serviços. Governador, abra o diálogo de verdade, porque essas mesas de negociação não estão funcionando. Ouça seu servidor”, aconselhou. 

A deputada Larissa Gaspar (PT), por sua vez, reafirmou que sempre esteve junto às categorias em suas manifestações e essa não seria diferente. “Greve é um direito legítimo dos trabalhadores e trabalhadoras. E desde fevereiro estou acompanhando a situação do Detran, os acolhi nessa casa no início do ano, formamos a comissão para conversar com o secretário de articulação política. E hoje não será diferente, vamos ouvi-los e continuar as tratativas, que não cessaram. E amanhã teremos uma marcha em defesa do serviço público, na Praça da Imprensa, às 8h, e estarei lá, como sempre”, salientou. 

Edição: Lusiana Freire 

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