Sargento Reginauro lamenta politização nos debates sobre morte no IJF

O deputado Sargento Reginauro (União) lamentou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, nesta quarta-feira (24/04), a politização no debate sobre o assassinato do funcionário do Instituto Doutor José Frota (IJF) na terça-feira (23/04), em Fortaleza.

O parlamentar chamou a atenção para a violência do crime que foi cometido e afirmou que não cabe, nesse caso, assim como em tantos outros, politizar as responsabilidades sobre a ação ou as cobranças para o combate a esses atos. “Não é a primeira vez que governador e prefeito entram nessas discussões sobre segurança, educação e outros temas. Diante do ocorrido ontem, isso passou do limite”, observou.

A população não pode ser penalizada pelos embates políticos entre Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza, conforme o deputado, mas clama por respostas imediatas aos crimes, com repressão e prevenção. Segundo ele, o caso do assassinato no hospital só foi solucionado rápido pela disputa política. “Só foi resolvido rápido com agilidade para o governador mostrar trabalho ao prefeito, depois de discutirem nas redes sociais de quem seria a responsabilidade”, disse.

Também na avaliação de Sargento Reginauro, o município tem responsabilidade na segurança interna do equipamento público, mas o Governo do Estado não fica isento da garantia de segurança da população e de combater crimes. “Se um crime acontece dentro de um shopping, que tem segurança privada, não isenta o Governo da responsabilidade pela insegurança no Estado. A segurança pública é um debate mais amplo”, pontuou.

O deputado afirmou ainda que tem recebido denúncias de que há uma grande articulação para cooptar lideranças políticas e vereadores para garantir votos nas eleições. “Isso é uso de máquina pública. É necessária a investigação contundente sobre essas denúncias. Nosso Estado tem grandes problemas para serem resolvidos, e o Governo não pode perder tempo com eleições municipais”, cobrou.

O deputado Felipe Mota (União), em aparte, pediu ao Governo do Estado a retirada de tramitação na Alece de uma mensagem que inclui nas competências da Companhia de Participação e Gestão de Ativos do Ceará (CearaPar) a exploração de serviços de loterias. “Esse projeto não pode avançar. A jogatina vai crescer e vai aumentar a criminalidade no Ceará”, apontou.

Edição: Adriana Thomasi