Oradores

Felipe Mota critica Carrefour e cobra retratação

Por Gleydson Silva
26/11/2024 12:30 | Atualizado há 5 meses

Compartilhe esta notícia:

Deputado Felipe Mota (União) - Foto: Junior Pio

O deputado Felipe Mota (União) criticou, durante o primeiro expediente da sessão plenária presencial e remota da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (26/11), o CEO Global do Carrefour, Alexandre Bompard, por colocar em dúvida a qualidade da carne brasileira. Para ele, essa é uma tentativa de “criar uma barreira para fazer com que a carne bovina do nosso País seja esmagada pela europeia”.

O executivo publicou em redes sociais uma carta afirmando que o grupo Carrefour tinha assumido o compromisso "de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul" nas lojas da França, falando, inclusive, em “risco” de a França ser inundada "com carne que não atende às suas exigências e normas". Já o Carrefour Brasil afirmou que continuaria a comercialização. Como retaliação, frigoríficos brasileiros iniciaram um movimento de boicote à rede Carrefour no Brasil.

De acordo com o deputado, a Frente Parlamentar do Agronegócio, em Brasília, afirmou que o posicionamento de Bompard é porque “o frango brasileiro está entrando no mercado de Londres e outros países europeus, e a França está perdendo mercado”. “Ele criou uma narrativa para prejudicar o nosso País, os nossos produtores e a nossa pecuária”, avaliou.

O vice-líder do União Brasil na Alece sugeriu ainda que a população faça um boicote aos supermercados que fazem parte do Grupo Carrefour no Brasil até a empresa francesa se retratar pelas alegações. “Enquanto não fizer uma nota com a embaixada francesa pedindo desculpa à pecuária, aos produtores de carne do nosso País, contando a verdade, não comprem um palito de dente nesse Carrefour. É vergonhoso”.

Felipe Mota ressaltou também que a indústria brasileira enfrenta diversas dificuldades para produzir e citou o caso de um produtor cearense que está há cerca de um ano esperando a ligação da energia para o funcionamento de uma nova planta industrial, no município de Paraipaba, e a Enel não fez o serviço. “É difícil um produtor dizer para a população que não vai gerar empregos se a Enel não contribui ligando a energia”, disse. 

O deputado Fernando Santana (PT), em aparte, afirmou ser “contra qualquer coisa que venha a favorecer a empresa Enel”. Segundo ele, a empresa sentiu os efeitos do trabalho realizado pela CPI na Alece. “Trocaram o presidente, anunciaram um investimento de mais de R$ 300 milhões e minimizaram as reclamações do povo cearense, mas, agora, parece que voltou à sua zona de conforto e está deixando de fazer seu trabalho”, pontuou.

O deputado Cláudio Pinho (PDT) sugeriu que a Alece aprove uma moção de repúdio ao Grupo Carrefour, por estar “trabalhando mundialmente contra o produtor nacional”, e cobre que a empresa se retrate por colocar em dúvida a qualidade da carne brasileira.

Edição: Lusiana Freire

Veja também