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Felipe Mota denuncia preconceito sofrido por produtor rural em farmácia de Fortaleza

Por Gleydson Silva
14/05/2025 11:59 | Atualizado há 23 horas

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Deputado Felipe Mota (União) - Foto: Júnior Pio

O deputado Felipe Mota (União) denunciou, durante o segundo expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quarta-feira (14/05), um ato de preconceito cometido contra um produtor rural de Caucaia, ocorrido em uma farmácia localizada no bairro Aldeota, em Fortaleza.

De acordo com o parlamentar, o produtor rural Cristiano, da localidade de Taquara, em Caucaia, foi à farmácia para comprar três unidades de fraldas descartáveis, mas, por estar com roupas simples, foi acusado de roubo pela gerente do estabelecimento. “Eu não aceito que, por ser um homem simples, um produtor rural, ele seja chamado de ladrão por uma rede de farmácias. Foi na Drogasil, e eu não escondo. Muitas vezes isso acontece porque deixamos passar. Esse preconceito precisa acabar”, declarou.

Felipe Mota também destacou as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores do campo, que, frequentemente, precisam percorrer longas distâncias em busca de atendimento de saúde. Em outras situações, são obrigados a vender os animais que criam para conseguir pagar exames médicos ou custear os estudos dos filhos.

“Depois perguntam por que o sertanejo não pagou o IPVA da moto. É porque ele precisa escolher: ou coloca o filho na faculdade, compra um par de botas, um saco de milho para os animais ou paga o IPVA”, pontuou, cobrando ainda uma resposta da farmácia sobre o caso.

A deputada Larissa Gaspar (PT), em aparte, também repudiou o ato de preconceito, observando que se tratou de um crime de racismo e de preconceito de classe, motivado pelo fato de o cliente não estar vestido com roupas consideradas “adequadas”. “Um preconceito em razão da aparência. Mesmo que ele tenha boas condições de vida, apenas por aparentar ser uma pessoa simples, foi maltratado. Precisamos avançar para construir uma sociedade em que as pessoas sejam respeitadas, independentemente da sua raça, classe ou gênero”, afirmou.
 

Edição: Vandecy Dourado

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