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Projeto Florescer debate desenvolvimento e inclusão de pessoas neuroatípicas

Por Pedro Emmanuel Goes / com Assessoria
22/10/2024 16:06 | Atualizado há 6 meses

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- Foto: Máximo Moura

O Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Alece realizou, nesta terça-feira (22/10), por meio da sua Célula de Assistência Social, o segundo encontro do Projeto Florescer, grupo de apoio às mães atípicas de crianças e adolescentes assistidos pelo Departamento. A reunião aconteceu no auditório Lucila Bomfim, do Edifício Dep. Francisco das Chagas Albuquerque- Anexo III.

Por meio de palestras, atividades interativas e a troca de experiências, o objetivo do grupo é promover discussões sobre os cuidados que mães atípicas podem oferecer a seus filhos crianças, que apresentam um desenvolvimento neurológico diferente do padrão considerado típico para a população. A pauta do encontro foi o desenvolvimento intelectual de pessoas neuroatípicas, e o papel das escolas no acolhimento e na inclusão dos estudantes com esse perfil.

A orientadora da Célula de Assistência Social do DSAS, Edinira Borges, ressaltou a importância da compreensão do processo de aprendizado das pessoas neuroatípicas. “Muitas vezes as mães não conseguem compreender o ritmo da criança, do seu filho, e às vezes, em meio ao trabalho de cuidado da criança, exigem além das limitações que eles apresentam”, explicou.

Para falar sobre o tema, a reunião contou com a participação da psicopedagoga da Célula de Psicopedagogia do DSAS, Karlene Gadelha, e a professora Maria Edilene, da sala de AEE (Atendimento Educacional Especializado) da Escola de Ensino Médio Renato Braga, especialistas nesses temas.

Karlene Gadelha destacou a necessidade de os educadores entenderem o processo de aprendizagem das pessoas neuroatípicas, uma vez que elas podem ter estilos e ritmos de aprendizagem diferentes. “Nesse contexto, a capacitação dos educadores e a sensibilização da comunidade escolar é fundamental para a inclusão dos alunos neuroatípicos, que necessitam de aulas planejadas para atender seus diferentes estilos de aprendizagem, além de estratégias específicas como adaptação curricular e tutoria individual”, explicou.

Andréa Lopes, mãe do Pedro Artur, destaca importância da rede de apoio oferecida por meio do Projeto Florescer - Foto: Máximo Moura

 

Entre as mães assistidas pelo DSAS e que estiveram presentes no encontro, estava a dona de casa Andréa Lopes, mãe do Pedro Artur, de sete anos. Participante do Florecer, Andrea destacou o auxílio que as conversas e trocas com outras mães têm trazido ao seu dia a dia. 

“O Florescer é um projeto que já é muito importante pelo seu objetivo, que é acolher mães atípicas, e se torna mais importante ainda para mães como eu, sem uma rede de apoio para contar diariamente. Aqui eu percebo que muitas mães passam pelos mesmos problemas, e aprendo também sobre como lidar com algumas questões que antes eu achava serem normais e percebi que não são”, elogiou.

A reunião desta terça-feira teve como colaboradores alunos do curso de Serviço Social da Faculdade UniAteneu e membros da Organização da Sociedade Civil (OSC) “Mães que se apoiam”, grupo de mães que lutam pela inclusão de crianças com deficiência.

PROJETO FLORESCER

O Florescer é  uma iniciativa da Célula de Assistência Social do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS), e tem por finalidade auxiliar mães atípicas, colaborando para a elevação da autoestima e superação do sentimento de desamparo na rotina de cuidados de seus filhos. O grupo de apoio formado vem para compartilhar informações, experiências, e servir de momento de acolhimento e apoio a essas cuidadoras, que muitas vezes não dispõem de tempo para si.

Edição: Clara Guimarães

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