Temas relacionados à saúde, à segurança pública e saudação às mães pautaram as falas de deputados durante a ordem do dia
Por Gleydson Silva, Ricardo Garcia, Luciana Meneses08/05/2025 12:51 | Atualizado há 17 horas
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Durante a ordem do dia da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará desta quinta-feira (08/05), parlamentares abordaram temas ligados à saúde, à segurança pública e homenagem às mães pelo transcurso do Dia das Mães no próximo domingo.
O deputado Lucinildo Frota (PDT) comemorou um ofício do Conselho Nacional de Saúde (CNS) ao Ministério Público Federal (MPF) contra a transferência do Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar para a Polícia Militar do Ceará (PMCE), que resultou na recomendação do MP para que seja feita a imediata suspensão da transferência do hospital para a PMCE. De acordo com o parlamentar, o conselho respondeu um ofício protocolado por ele sobre o caso, apontando que “a militarização da gestão de uma unidade assistencial de saúde pública representa uma violação aos princípios constitucionais que regem a saúde pública”. “Não ganhamos a batalha, mas já é uma vitória. Se o governador quiser um hospital para a polícia, que construa um, mas não tire esse da população”, enfatizou.
A deputada Dra. Silvana (PL) homenageou todas as mães cearenses pelo Dia das Mães, celebrado nesse domingo (11/05). A parlamentar destacou a importância da maternidade, da fé e da família na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada. “Não podemos confiar ao Estado aquilo que nos é mais caro: a formação moral, religiosa e do caráter cristão dos nossos filhos”, afirmou a deputada.
O deputado Sargento Reginauro (União) avaliou como “fracassada” a gestão do governador Elmano de Freitas na área da segurança pública “É inegável que há uma situação de fracasso do Estado cearense, desse governo e de sucesso das facções criminosas. O estado do Ceará tem se mostrado incompetente, incapaz e ineficiente no que se refere à segurança pública”, comentou.
O deputado Alcides Fernandes (PL) criticou a atitude da conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Onélia Santana, por pedir vistas do parecer prévio de desaprovação das contas do ex-prefeito de Caucaia Vitor Valim. “Eu avisei que estavam colocando a raposa para cuidar do galinheiro. Para ela, não houve desvio de dinheiro”, provocou.
O deputado Acrísio Sena (PT) lamentou falas contra a conselheira do Tribunal de Contas do Ceará Onélia Sanatana e solicitou a retirada de termos que considerou “pejorativos” dos anais da Casa. “Peço respeito a uma mulher, mãe e trabalhadora e também ao Tribunal de Contas do Estado”, disse. O parlamentar destacou ainda ações do Governo do Estado de fortalecimento da segurança pública, entre elas, entregas de novas viaturas.
Por sua vez, o deputado Missias Dias (PT) repudiou a fala do deputado Alcides Fernandes (PL), que classificou a conselheira Onélia Santana como raposa. “Não acho que alguém que visa ao Senado Federal deva ter esse tipo de postura. A conselheira Onélia Santana provou toda a sua competência a serviço do Estado, levando políticas públicas a quem mais precisa, e foi escolhida por esta Casa para o TCE. O senhor deve desculpas por tamanho desrespeito”, avaliou.
O deputado Heitor Férrer (União) criticou o desejo do Governo do Estado de entregar a gestão do Hospital José Martiniano de Alencar à Polícia Militar. Para o parlamentar, o equipamento é “de todos, inclusive da gloriosa polícia, que tem o mesmo direito do cidadão comum”. Ele exaltou ainda o trabalho realizado no local: “Em 2024, realizou 32 mil exames de imagem, realizou 319 biópsias de próstata e tireoide, 5.124 eletrocardiogramas, 7.800 radiografias, 2.130 tomografias computadorizadas e 1475 endoscopias digestivas”.
Dra. Silvana (PL), durante o tempo de liderança e explicações pessoais, elogiou o debate entre os deputados sobre a segurança pública do estado do Ceará e afirmou que esse setor da sociedade “está em colapso”. Portanto cobrou a aprovação do requerimento em que solicita a Força de Segurança Nacional para ajudar a combater o crime local. “O que eu quero é que a população do estado do Ceará seja atendida na sua maior dor neste momento, que é estar com medo”, afirmou.
Acrísio Sena (PT), contestou não ser necessária a utilização da Força Nacional de Segurança. “Se fosse necessário, o governador Elmano (PT) não teria nenhum problema de pedir”, pontuou. Acrescentou ainda que essa medida seria tomada apenas quando o sistema de segurança entrasse em colapso, “quando entra em uma situação de calamidade pública. São essas condicionantes para ter a Força de Segurança”, explicou. O parlamentar destacou ainda ações do Governo estadual focadas na juventude e na prevenção à violência.
Edição: Clara Guimarães
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