Roseno critica projeto que proíbe uso de arma de fogo por seguranças de Lula e ministros
Por Lincoln Vieira09/04/2025 11:18 | Atualizado há 2 semanas
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O deputado Renato Roseno (Psol) criticou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quarta-feira (09/04), a aprovação do projeto de lei que proíbe o uso de armas de fogo por parte dos agentes de segurança do presidente Lula e de seus ministros. A matéria foi aprovada durante a reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados na tarde dessa terça-feira (08/04).
Conforme Renato Roseno, a proposta foi deliberada após a descoberta, por parte da Polícia Federal, de uma trama para assassinar o presidente Lula. O parlamentar ressaltou que a medida vai enfraquecer a segurança do presidente da República.
“Eu fiquei estupefato com a reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal que aprovou o projeto que desarma os seguranças do presidente Lula. Isso, que veio de um deputado de direita, vai enfraquecer a segurança dele em meio a uma trama para assassiná-lo. Um crime contra um presidente é um crime contra a nação”, lamentou.
O deputado também condenou a fala proferida pelo deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) ainda durante a reunião do colegiado, em Brasília. Roseno salientou que o parlamentar federal desejou a morte do presidente Lula. “Eu quero que ele morra”, citou a fala do deputado.
Roseno questionou ainda o motivo do sentimento de ódio ao presidente Lula. “Mas o que leva o deputado federal Gilvan a desejar a morte do presidente Lula? Ele reiterou, ficou por segundos desejando a morte do Lula. Isso é um exercício de ódio, de extrema violência”, condenou.
O deputado classificou a fala como grave. Roseno inquiriu como a mensagem do parlamentar federal pode chegar a pessoas emocionalmente instáveis. “Como isso chega em cabeças de pessoas instáveis? As cabeças podem receber uma mensagem de forma diferente. Alguém pode achar que aquilo que foi dito na reunião tem que ser praticado, o Gilvan desejou a morte do Lula. É muito grave que haja representantes do Congresso que ensinem às crianças esse tipo de postura”, avaliou.
Renato Roseno afirmou ainda que a fala de Gilvan “rompeu os limites dos valores éticos”. Conforme o parlamentar, a Alece conta com deputados com ideias diferentes, entretanto nunca desejou a morte de um colega, como também ninguém desejou a sua. “Aqui entre nós há muitas diferenças, entretanto nenhum parlamentar aqui veio desejar a minha morte e nem eu a de ninguém”, asseverou.
Entre outros assuntos, o deputado comentou ainda sobre a Semana José Maria e Tomé, que inicia no dia 21 de abril, e lamentou a votação do parecer pela cassação do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.
Edição: Vandecy Dourado
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