Queiroz Filho critica interpelação judicial contra jornalista
Por Luciana Meneses26/03/2024 13:03 | Atualizado há 1 ano
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O deputado Queiroz Filho (PDT) criticou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará desta terça-feira (26/03), a interpelação judicial movida pelo Governo do Estado contra o jornalista Edson Silva.
De acordo com o parlamentar, na última segunda-feira (25/03), data de celebração da Carta Magna do Ceará, o jornalista Edson Silva recebeu o comunicado de interpelação judicial por parte do Governo do Ceará. “Todos sabemos da história e do trabalho sério de Edson Silva na cobertura da política cearense e fomos pegos de surpresa com essa ação do Governo contra o jornalista, que, inclusive, escreveu seu texto com base nas informações do Diário Oficial”, relatou.
Para Queiroz Filho, o ato ameaça a liberdade de expressão e da imprensa cearense. “Acho importante as associações e sindicato dos jornalistas se manifestarem, pois é triste saber que justamente no dia em que se celebra a liberdade, o Estado interpela um jornalista. Se houve um erro, cobrem o direito de resposta e pedido de desculpas. Precisava ir à Justiça? É um precedente gravíssimo que não podemos ignorar”, apontou.
Outro assunto abordado pelo deputado foi o reajuste anunciado pelo Governo do Ceará para servidores públicos. Segundo ele, a atualização salarial aconteceria somente no mês de julho, o que comprometeria o décimo terceiro. “Então podemos entender que o décimo será pela metade. Precisamos fazer essas contas, pois não é justo com o trabalhador”, afirmou.
Em aparte, o deputado Sargento Reginauro (União) disse ter sido pego de surpresa com a interpelação do jornalista. “Edson Silva usou informações do Diário Oficial. Onde está o erro? A verdade é que a imprensa está sendo ameaçada, pois não pode mexer na família Santana, e a secretária citada na matéria é a da ex-primeira-dama. O governo está incomodado que a verdade seja dita”, assinalou.
Já o deputado Cláudio Pinho (PDT) alertou que esse seria um sinal de que a democracia não está segura. “Quando a imprensa é silenciada, a democracia é ameaçada. Será que vão querer nos calar também? Quando aparece alguém querendo investigar, é ameaçado. É assim que se trata a imprensa? Parabéns por trazer esse assunto à tribuna, pois ele parece incomodar muita gente”, opinou. O deputado Alcides Fernandes (PL), por sua vez, definiu a ação como um “ataque de poderosos contra pequenos”.
Edição: Adriana Thomasi
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