Apóstolo Luiz Henrique critica extremismos na política e uso da fé para fins eleitoreiros
Por Gleydson Silva21/11/2024 13:00 | Atualizado há 5 meses
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O deputado Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos) criticou, durante o primeiro expediente da sessão plenária presencial e remota da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quinta-feira (21/11), políticos que utilizam da fé das pessoas para fazer embates eleitoreiros e acabam usando a religião para passar uma imagem, algumas vezes, enganosa.
Segundo o parlamentar, o cenário de ódio no País leva a brigas nas famílias e, inclusive, dentro das próprias igrejas. “Estão fazendo os crentes brigarem. Estão fazendo os cristãos se digladiarem. Estão fazendo a igreja se dividir”, constatou.
Pastor há 18 anos, Apóstolo Luiz Henrique revelou que pessoas saíram da igreja que pastoreia por ele não ter apoiado o candidato do Partido Liberal (PL) na disputa à Prefeitura de Fortaleza e disse já ter recebido ofensas por ir contra posicionamentos de alguns políticos e até líderes de igrejas. “Então quer dizer que para eu ser cristão eu tenho que pegar uma metralhadora na época da política e dizer que sou a favor do armamento? Para eu ser cristão agora vou ter que ir contra os princípios de Jesus?”, questionou.
De acordo com o deputado, antes de ser político, ele é cristão e age conforme o que o cristianismo prega. Ele citou ações em benefícios dos mais pobres realizadas pela igreja.
Na avaliação do parlamentar, o ódio que tem guiado alguns políticos está fazendo uma "lavagem cerebral" nas pessoas “a ponto de um homem jogar bombas em Brasília e depois se matar”. “O que é que a política – que é a arte de governar, de se relacionar, de administrar e organizar – está fazendo com os seres humanos?”, indagou.
O deputado Fernando Hugo (PSD), em aparte, avaliou que o Brasil talvez viva, atualmente, “o mais tenebroso de todos os períodos, desde a colônia”, pelo fato de a política não focar no combate a problemas que impactam a população, como o combate ao tráfico de drogas. Ao contrário disso, conforme ele, o Brasil assiste a uma vida política voltada a crimes, referindo-se à operação da Polícia Federal que revelou planos para assassinar o presidente e o vice-presidente, além de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Edição: Lusiana Freire
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