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Sala do Empreendedor da Alece promove roda de conversa sobre afroempreendedorismo

Por Guilherme de Andrade
21/03/2025 17:03 | Atualizado há 1 mês

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- Foto: Érika Fonseca

Como parte da programação especial do Mês da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), a Sala do Empreendedor realizou, nesta sexta-feira (21/03), roda de conversa sobre o afroempreendedorismo. O bate-papo em alusão ao Dia Internacional Contra a Discriminação Racial aconteceu no Auditório Lucila Bonfim, localizado no Anexo III da Casa.

Primeira-dama da Alece, Tainah Marinho destacou a importância de abordar a temática. Para ela, o o afroempreendedorismo é essencial pois “não se refere apenas ao êxito profissional, mas também procura impactar socialmente e reduzir as desigualdades”. 

“A  Assembleia é a Casa do Povo, então nós temos que promover o acolhimento,  nós temos que falar sobre desenvolvimento social e reafirmar a presença desses grupos na nossa sociedade”, completou Tainah. 

Chamada de Casa do Povo, a Alece tem o papel de “se abrir cada vez mais para a população e para temas socialmente importantes e relevantes”, é o que pensa o coordenador executivo da Sala do Empreendedor, Lucas Aquino, que completou ressaltando o orgulho do órgão em receber este evento. 

“Nós sabemos que os empreendedores negros nem sempre recebem as mesmas oportunidades que outros segmentos, então a gente sente que é papel do poder publico também chamar atenção para essa pauta”, afirmou Lucas.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) foi representado pelo analista de negócios, Alan Girão. O profissional realizou uma breve palestra com o intuito de trazer inspiração, orientação e dicas de como empreender mais e melhor. Ele enxerga o afroempreendedorismo como um mecanismo de “empoderamento, de oportunidade e de pertencimento”. 

O evento ainda evidenciou dois casos de sucesso no mundo do afroempreendedorismo: o coletivo Feira Negra de Fortaleza, representado pela co-fundadora Nenzinha Ferreira; e a Casa de Xicas, representada pela fundadora Neide Rodrigues. 

Fundadora da Casa de Xicas, Neide Rodrigues destaca importância da inclusão de mulheres periféricas em todos os espaços

Neide Rodrigues destacou a importância de realizar uma roda de conversa sobre afroempreendedorismo para a inclusão de mulheres periféricas em espaços que deveriam ser, mas que ainda “não são comuns” para elas. Pensando justamente neste contexto, a Casa de Xicas busca trabalhar com o social e negócios. “A gente cuida das duas frentes para que não seja, simplesmente, um processo de criatividade e a cabeça fique confusa”, ponderou. 

Sobre a Feira Negra de Fortaleza, Nenzinha Ferreira explicou que o surgimento ocorreu a partir da necessidade de ter um maior espaço de escoamento para a produção dos afroempreendedores. O coletivo promoveu diálogos com o poder público e organizações privadas a fim de suprir a demanda desta parte da população. 

“Além da exposição e venda, também buscamos a questão do financiamento e do crédito a partir de uma discussão com o Governo do Estado e Municipal. Temos também articulações voltadas para a capacitação dos afroempreendedores”, finalizou. 

FEIRA DE MICROEMPREENDEDORAS

Pela manhã, a  Sala do Empreendedor da Assembleia Legislativa do Ceará realizou, n uma feira onde microempreendedoras cearenses expuseram produtos artesanais, como roupas, calçados, bijuterias, pinturas e gastronomia. 

Coordenador geral da Sala do Empreendedor na Alece, o deputado Alysson Aguiar (PCdoB) parabenizou as mulheres cearenses pelo brilhantismo dentro do mercado em geral. “Hoje nós temos no País mais de 15 milhões de mulheres. E desses 15 milhões, 44% estão inseridas em todos os setores da sociedade. Na política, no Judiciário, no empreendedorismo. E o papel da Sala do Empreendedor é capacitar as mulheres empreendedoras do nosso Estado, pois infelizmente o faturamento da mulher empreendedora é bem abaixo do homem. Precisamos, por meio de capacitação, educação financeira e crédito, incentivar cada vez mais o empreendedorismo feminino no Ceará”, avaliou.

Edição: Clara Guimarães

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