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Alece lança Mês do Meio Ambiente com painel sobre poluição plástica e feira sustentável

Por Luciana Meneses
05/06/2023 14:14 | Atualizado há 1 ano

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- Foto: Júnior Pio

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio do Comitê de Responsabilidade Social e da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental, lançou, na manhã desta segunda-feira (05/06), o Mês do Meio Ambiente 2023, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado anualmente em 05 de junho.

A idealizadora do Comitê de Responsabilidade Social e primeira-dama da Assembleia Legislativa, Cristiane Leitão, adiantou  que este seria um mês de celebração, capacitação, informação e formação para todos os servidores. “Queremos ser a primeira Assembleia Lixo Zero e, para isso, temos que fazer um excelente trabalho de base com nossos servidores", disse. Segundo ela, já foi possível  realizar um trabalho com catadores de todo o Ceará, capacitando-os e disponibilizando o resíduo produzido aqui para eles, mas é preciso muito mais. "É essencial compreender que a proteção e gestão ambiental do nosso planeta é da responsabilidade de cada um de nós”, salientou.

O  vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido, deputado Renato Roseno (Psol), alertou para o problema  ambiental que assola o planeta. “Estamos vivendo uma crise ambiental nunca antes vista. Nos últimos 50 anos, causamos um superaquecimento que vem aumentando os níveis do oceano, secas e chuvas extremas, e é essencial reconhecer nossa responsabilidade em buscar uma solução", afirmou.  Conforme Renato Roseno, a Assembleia tem dado exemplos em matéria de legislação e práticas entre os servidores, mas ainda há muito mais a fazer, "como a redução do consumo de petroquímicos, apressar a questão dos consórcios de resíduos sólidos também”. 

Para o deputado De Assis Diniz (PT), a reversão do quadro ambiental precisa do esforço de toda a sociedade. “Estamos numa encruzilhada histórica e nosso papel enquanto legisladores é fortalecer as pautas de interesse amplo e coletivo da sociedade e nesta caminhada termos valorosos companheiros. Acredito que essa programação servirá para termos a real dimensão da situação e aprender efetivamente como podemos fazer nossa parte enquanto há tempo”, opinou. 

O deputado Guilherme Bismarck (PDT) frisou a defesa de bandeiras como a preservação do meio ambiente aliada ao turismo sustentável. “Sabemos como é essencial ter a consciência do descarte correto dos resíduos e das dificuldades do poder público em fiscalizar as boas práticas e em criar órgãos que coordenem iniciativas sustentáveis. Temos municípios turísticos com tanto potencial, mas sendo degradado por não ter esses órgãos competentes para trabalhar junto à comunidade”, lamentou. 

PAINÉIS

Foto: Júnior Pio

Com o tema "Soluções para a Poluição Plástica”, a abertura contou com um painel em que empresários e especialistas apresentaram iniciativas desenvolvidas pelo setor privado e sociedade civil no descarte e reaproveitamento de plásticos. Coordenador de sustentabilidade da Solar Coca-Cola, Arthur Ferraz apresentou ações desenvolvidas pela empresa relacionadas à coleta e reciclagem das embalagens distribuídas no mercado. Ele também se prontificou a adquirir todo o resíduo sólido produzido pelo Legislativo cearense.

“Temos a meta de retornar para o mercado 100% do volume das nossas embalagens até 2030, estimulando o recolhimento e processamento delas, dando um valor justo aos catadores e cooperativas, para que aquele plástico seja recolocado no mercado, fazendo com que várias toneladas retornem à cadeia produtiva”, exemplificou. 

Representando o Instituto Lixo Zero, Rebeca Cavalcante afirmou ser possível zerar a produção de lixo no País, a partir do momento em que a sociedade entende como descartar seus resíduos sólidos. “Nós geramos esse lixo, mas para onde tudo isso está indo? Temos 1,5 milhão de famílias que sobrevivem a partir dessa matéria-prima, com uma renda entre R$ 100 e 400 mensais. É urgente ter essa consciência, pois eu não me livro daquilo na hora que fecho o saco", disse. Segundo pontuou, quatro garrafas pets são um pão na mesa de um brasileiro e, quando a gente descarta aquilo corretamente, é menos uma garrafa no mar. "E se as empresas estão buscando formas de voltar sua matéria-prima para o mercado, onde está o erro? No nosso consumo e descarte”, assinalou

O Mês do Meio Ambiente 2023 conta ainda com uma feira, com expositores locais, onde o negócio principal é a sustentabilidade. Entre os produtos comercializados estão orgânicos; outros feitos com plásticos reciclados; produtos biodegradáveis e sustentáveis; produtos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), oriundos de assentamentos da reforma agrária, produzidos nos assentamentos, entre outros.

 Edição: Adriana Thomasi

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