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Heitor Férrer propõe CPI para investigar consignados

Por ALECE
10/04/2012 14:51

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Dep. Heitor Férrer (PDT) - Foto: Dário Gabriel

O deputado Heitor Férrer (PDT) pediu nesta terça-feira (10/04), em sessão plenária, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para “fazer uma profunda investigação” acerca dos consignados para servidores do Estado. Segundo ele, seu pedido está respaldado nos questionamentos do próprio governador Cid Gomes, que em nota cobrou da Administradora Brasileira de Cartões (ABC) informações detalhadas sobre quais as empresas envolvidas no serviço de concessão do crédito consignado aos servidores públicos estaduais.

“O Governo quer saber a verdade e ela só se estabelecerá através de uma CPI”, defendeu Heitor, afirmando que a base do Governo “se obriga” a assinar a solicitação, que já conta com o apoio dos deputados Roberto Mesquita (PV) e João Jaime (PSDB). “A base tem que contribuir com o Governo, não há outro caminho para a verdade dos fatos”, acrescentou.

Heitor disse que a base governista está dando explicações “mentirosas”, ao afirmar que não há exclusividade do Bradesco com a Promus, empresa contratada pela ABC para administrar o consignado. Com o contrato firmado entre as partes, o pedetista mostrou que há, sim, favorecimento da Promus, contrariando o que afirmou a ABC.

O parlamentar informou que a cláusula 2.1 do documento diz que: “acordam as partes que o correspondente é contratado pelo banco em caráter de exclusividade, comprometendo-se o banco a não contratar qualquer outro prestador de serviços de correspondente no País para intermediar as operações de empréstimos e de financiamentos, entre o banco e os servidores públicos ativos, inativos e pensionistas do Estado”.

Ainda conforme o contrato, Heitor salientou que “o banco se compromete a não praticar taxas de juros ou quaisquer outras vantagens que possam desestimular os servidores públicos do Estado a utilizar os serviços de intermediação do correspondente”. “Ou seja, ela (Promus) é a única que pode levar o servidor para o enforcamento”, concluiu.
LS/LF

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