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Welington Landim alerta para chuvas irregulares e diminuição da safra

Por ALECE
22/03/2012 15:13

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Dep. Welington Landim (PSB) - Foto: Paulo Rocha

 

No Dia Mundial da Água, o deputado Welington Landim (PSB) defendeu, em pronunciamento na sessão desta quinta-feira (22/03), o uso mais racional dos recursos hídricos e a preservação dos mananciais. O Ceará, de acordo com ele, tem uma quadra chuvosa irregular este ano, que deve causar prejuízos na colheita. Ele alertou para a necessidade de focar as políticas públicas na garantia do abastecimento das comunidades mais carentes.

Welington Landim lembrou que a região do Cariri conta com um aqüífero (reserva de água subterrânea) que equivale a três vezes o açude Orós, no Centro-Sul do Ceará - que é o segundo maior açude do Estado e tem capacidade para 1,94 bilhão de metrôs cúbicos de água. Contudo, de acordo com ele, a reposição dessa reserva não acompanha o atual consumo.

Segundo o parlamentar, isso acontece porque o Ceará enfrenta períodos de três anos de chuvas irregulares e três anos de seca a cada década. “Basta fazer um resgate histórico dos últimos 100 anos para ver isso”, afirmou. Somado a essa sazonalidade das chuvas, a degradação dos mananciais compromete as nascentes de águas.  
“No Cariri, não estamos tendo a recuperação devida, por causa do desmatamento. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) tem quatro ou cinco funcionários e eles não dão conta de fiscalizar toda região. O desmatamento do Cariri é uma coisa vergonhosa”, criticou Landim.

De acordo com o parlamentar socialista, as chuvas no Cariri este ano estão 60% abaixo da média histórica. “Na minha terra, em Brejo Santo, ano passado já tinha chovido mais de 600 milímetros. Este ano, até agora, foram apenas 300, mas de forma irregular.

“Vamos ter também uma safra abaixo da média”, avaliou o deputado. Segundo ele, as lavouras de grãos da região já foram prejudicadas. Além disso, já prevendo pouca chuva, os agricultores plantaram menos sementes.  

Landim fez um alerta sobre o abastecimento para o consumo humano. Segundo ele, as famílias que vivem na zona rural estão utilizando a água armazenada nas cisternas para diversos fins, e não apenas para beber e cozinhar, como é recomendado. “As pessoas utilizam para todas as finalidades e, quando termina o período chuvoso, essa água que deveria durar seis meses, acaba em dois. Aí, a população vai atrás das prefeituras e do governo para encher os reservatórios. Assim, o carro-pipa não se acaba”, lamentou.

Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) criticou o Governo Federal por estar trocando as cisternas de placa por cisternas de plástico. Segundo ele, as de plástico custam mais caro e têm qualidade inferior.
DA/CG

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