Internauta diz que não há o que comemorar no Dia Mundial da Água
Por ALECE01/04/2013 15:11
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Os internautas que responderam a enquete do Portal da Assembleia Legislativa essa semana, em sua maioria, disseram não à pergunta “O brasileiro tem motivos para comemorar o Dia Mundial da Água”? Dos participantes, 51,9% optaram pela resposta: “Não. A água é fundamental ao ser humano, mas nem todos têm acesso”. Já, 43,2% concordaram com a afirmação de que “campanhas educacionais e políticas públicas podem mudar o atual quadro de escassez”. Apenas 4,9% responderam “Sim. A população já sabe o valor da água e aprendeu a usá-la com inteligência”.
Ao contrário da maioria dos internautas, o pesquisador da Embrapa, doutor em recursos hídricos e mestre em irrigação Rubens Gondim afirma que há sim o que comemorar nessa data. Segundo ele, a água, mesmo sendo um bem renovável, é escassa e necessita de políticas públicas para o seu manejo. E isso, de acordo com Rubens, vem acontecendo, já que foi criado o Conselho Gestor de Bacias, gerenciando a distribuição das águas e proporcionando o atendimento das demandas sem desperdício ou escassez.
O pesquisador, contudo, reconhece que há muito ainda o que avançar, quando se trata de gerenciamento de recursos hídricos. Ele observou que grande parte das áreas irrigadas está com o fornecimento de água além do necessário, e, em outras irrigações, há uma vazão menor do que a necessária. Ele calcula que, com uma melhor gestão, o desperdício poderia ser reduzido em torno de 15%.
O deputado Roberto Mesquita (PV), membro titular da Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca, também considerou que o Dia Mundial das Águas deve ser comemorado, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelo Ceará e principalmente pelo homem do campo, que está sofrendo com a escassez de chuvas.
O deputado Paulo Facó (PTdoB), também integrante da Comissão de Recursos Hídricos, salientou que a data deve ser utilizada para lembrar às autoridades e à população em geral a necessidade de se utilizar de forma cada vez mais racional a água. “O Ceará, infelizmente, está entre os estados que mais sofrem com as estiagens. Portanto, a água, para nós, tem um valor ainda maior do que em outras regiões que não enfrentam o mesmo problema ”, disse Facó.
JS/CG
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