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Comissão de Direitos Humanos discute ações contra a tuberculose

Por Lincoln Vieira
10/05/2024 10:07 | Atualizado há 1 semana

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A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC), debate, na segunda-feira (13/05), a partir das 14h, o fortalecimento das ações de controle da tuberculose enquanto doença determinada. A audiência pública, que acontece no Complexo de Comissões Técnicas da Alece, atende requerimento do deputado Renato Roseno (Psol). 

De acordo com o parlamentar, a tuberculose é uma doença que afeta as populações em vulnerabilidade social de modo desproporcional. Pessoas em situação de rua têm 54 vezes mais riscos de adoecer, lembra o deputado. “Além desses, também correm risco pessoas privadas de liberdade, as que vivem com HIV e ainda os povos indígenas”, diz. 

Nada menos de 5.120 pessoas faleceram por tuberculose no Brasil em 2021. Em 2002, foram 5.162 pessoas, segundo informou. O parlamentar frisou ainda que o Ceará, por sua vez, apresenta uma incidência maior do que os casos diagnosticados em âmbito nacional. “Em 2022, o Nordeste foi a segunda região que notificou infecção latente. O Ceará é o quinto estado do País com maior número de casos e Fortaleza o sexto município com maior número de notificações da infecção”, salienta. 

Renato Roseno acentuou que a capital concentrou 68% de novos casos no Estado. “De 2015 a 2022, foram diagnosticados 20.514 casos novos, com destaque para os municípios de Fortaleza, com 1.078; Caucaia, com 221, e Maracanaú, com 117 casos cada, por 100 mil habitantes”, assinalou. 

O parlamentar observa ainda que apenas o Hospital São José e o Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM - Hospital de Messejana) contam com leitos específicos para o tratamento da tuberculose no Ceará. Para ele, os equipamentos são insuficientes para o atendimento. “No Hospital São José, de acordo com dados apresentados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), em 2023, foram 16 leitos para tuberculose e três de isolamento na UTI, demonstrando insuficiência de equipamentos para tratamento dos enfermos”, analisa. 

Edição: Adriana Thomasi

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